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India

Aventura na terra de Gandhi (de 04 a 28 de março 2016)

 

 

25 dias, 14 cidades.

 

Índia : pluralismo e sincretismo.

1.28 bilhões de pessoas no país; 22 línguas oficiais e 2.000 dialetos

Religião : 80% indu 16% muçulmanos 4%- sikh / jain/ cristians/

budistas/ bahai/ judeus/ others.

 

moeda : rupee         1ruppe= 0,6 reais

1°Dia

 

4/03  - Ficamos 4 dias em nossa base em Kuala Lumpur. Lavamos toda a roupa de viagem da  Indochina, limpamos o apartamento ( optamos não ter ajudante, pois a tentativa que tivemos depois da Tailandia não foi legal)  descansamos e recarregamos as baterias indo ao shopping Pavillion e passeando um pouco.

 

Cozinhar...limpar..fazer tudo em família... pode ser às vezes cansativo, mas tá valendo muito a pena.. é muito divertido ver cada um fazendo sua parte... muito especial!!!

 

Assim, depois de 4 dias estávamos relativamente animados para a nova experiência na Índia.. e claro, de certa forma apreensivos, pois sabíamos que a Índia oferecia muito contraste e diferenças culturais.

 

Indo para o aeroporto

 

Chamamos um taxi grande e fomos ao aeroporto com nossas 5 malas médias. Achamos que teria trânsito, mas surpreendentemente aquela sexta feira estava tranquila em KL. Na fila do gate já podiamos perceber a cor diferenciada da pele ( uma mistura de vermelho e negro: uma cor especificamente indiana, eu diria) o semblante marcado e os turbantes coloridos nas cabeças dos homens... Sim! aquela era nossa fila : Malasia airlines para Delhi.

 

5h e meia depois, chegamos ao nosso destino. No aeroporto já pude perceber a gentileza da senhorinha do banheiro feminino... a simpatia do rapaz do Costa Cafe  - uma cópia do starbucks muito forte e prolífera na Ásia .

 

Nosso transfer já estava a postos e o representante da Audley ( nossa agência de viagem  para Índia e China) já estava nos aguardando.

 

Nossa van tinha luz neon dentro  e o representante colocou uma pulseirinha de boas vindas em cada um - disse que era uma tradição indiana que quando alguém chega na Índia recebe esta pulseira (homens no pulso direito e mulheres no esquerdo) chamada rakcha que representa boas energias e vibrações para as coisas novas que experienciaremos... adoro estas coisas!!!!

 

Hotel Imperial em Delhi

 

O hotel que escolhemos em Delhi foi o Imperial Delhi, super top, 5 estrelas, muito lindo e bem localizado na parte chamada Nova Delhi. A seguranca era muito forte, toda vez que chegavamos eramos  revistados e nossas bolsas passavam pelo detectorde metais.... não sei se ficava feliz ou preocupada com isso... depois fui perceber que quase todos os hotéis na Índia tinha este procedimento ( com os ataques terroristas na Bélgica..melhor assim!).

2° Dia

 

5/03 - Conhecendo Old e New Delhi

 

O pessoal da Audley veio nos encontrar no lobby. Entregaram vouchers e as papeladas da viagem. Em seguida nosso guia de Delhi se apresentou : bem eloquente e falando bem o inglês. Como teríamos apenas 1 dia em Delhi decidimos que para ganhar tempo ( Delhi tem 12 milhões de habitantes e muito trânsito ) e não deixar de ver nada, iríamos direto dos pontos turísticos para o show no Kingdom of dreams, à noite.

 

Pegamos a van e fomos para old Delhi, onde começamos nosso tour.

 

Old Dehli  é antiga, caótica barulhenta...feia e bem pobre. Falando sério? me lembrou muitas regiões de SP onde visitei clientes : zona sul perto da Natura, Diadema, Mauá... Taboão da Serra... muitas vezes visitei clientes em suas fábricas e Old Delhi me pareceu bem familiar... porém a Índia  é mais colorida e divertida. Tuk tuk, rickshaws, mulheres com roupas vibrantes e coloridas, homens com turbantes  furtacor e grandes barbas.... isso nenhuma região de SP pôde me dar...rsrs.

 

 

1ª Parada: Red Fort - lugar onde foi proclamada a independência  da Índia dos ingleses. Só vimos de frente, não entramos. Então sem muitos comentários.

2ª Parada: Rickshaw - aventura pelas ruas de Delhi 

 

Este foi o meio de transporte escolhido pela nossa agência para desbravarmos as ruas barulhentas e vielas da Old Delhi. Nosso guia foi categoricamente explícito qto a não utilização de tuk tuk em Delhi por ser perigoso em todos os sentidos - então de jeito de nenhum!

Rickshaws são parecidos com tuk tuk, a diferença principal é que não são motorizados, o motorista pedala mesmo. Foi muito interessante este passeio. São ruelas cheias de lojinhas como a 25 de março em SP e também tem muita loja de roupas de casamento. A fiaçao nos postes ( não só em Delhi, mas em diversas cidades na Ásia ) é assustadora...um emaranhado de fios.

Como somos ocidentais e estavamos em 3 mulheres, chamavamos muita atenção. Segundo nosso guia, qto mais branca a cor da pele, mais atenção chamamos. Sendo assim, todos olhavam muito para nós.

3ª Parada: Mesquita Jama Masjid- é a segunda maior na Índia,  foi construída no século 17. Nesta mesquita, tivemos que tirar o sapato e colocar uns roupões, mesmo estando bem cobertos.... o que achei um pouquinho demais, pois nesta mesquita não se entra, só se visita a parte externa ( deferentemente de Istambul , por ex. onde tem estas restrições, mas se entra).

Tivemos uma experiência não muito boa... e que definitivamente não  gostei. Nesta mesquita, os homens realmente encararam nos 3  ( eu e minhas filhas) de uma forma muito agressiva e um chegou a cercar e seguir a gente mesmo perto do guia, do meu filho e marido. Isso achei muito sinistro. Jamais iria sozinha ou com uma amiga para Índia , isso é certo. Mas isso aconteceu na mesquita apenas. Vamos ver... estávamos apenas no 1° dia. Azar de principiante? tomara!

 

 

4ª Parada : Fomos ao Raj Ghat - Onde Mahatma Gandhi foi cremado depois de seu assassinato em 1948 por um fanático. No lugar fizeram um memorial. O funeral do Nehru (primeiro ministro da Índia após independência), da filha e do filho de Gandhi, Indira e Rajiv, também aconteceram lá.

 

Gandhi ainda é considerado Deus - intocável - para os indianos. Este é um memorial para honrá-lo.Todas as pessoas na Índia, independente da religião, veneram Gandhi ( segundo nosso guia).

Em seguida fomos para um outro mundo... Nova Delhi

 

Em nova Delhi a cidade parece França ou Inglaterra. Grandes avenidas arborizadas.. grande constraste.

 

Passamos de van no Indian gate - construido pelos ingleses como memorial pelos soldados mortos nas guerras civis-  passamos pela área política, parlamento.... e a casa do presidente Pranab. ( foto: esquerda para direita)

Paramos para almocar num lugar próximo chamado Pandora. Nossa primeira experiência gastronomica na Índia. Pedimos chicken marsala, butter chicken e legumes bem estranho... e claro o Naam que é um pãozinho que parece massa de pizza campeão e pode ter ervas e alho!!! o arroz tambem era diferente mas achei melhor que  da indochina.

 

4ª Parada : humayun tumb ( 2 imperador mugh) esta tumba foi construída  no séc  16 pela esposa do imperador e demorou 8 anos para ser feita. Ela serviu de grande inspiração / motivação  para a construção  do Taj Mahal 90 anos depois, pelo tatara neto do 2 imperador.

Para construir esta tumba os mughs quiseram recriar o paraíso o ( charbagh) do alcorão :usando água , muros, árvores  e passaros. Outros membros da família  foram enterrados lá totalizando mais de 100.

5ª e última  parada: kutab minar

Datada de 1200 foi a primeira construção  que os Muçulmanos  fizeram em Delhi depois que se estabeleceram no país,  simbolizando as batalhas vencidas pelos muçulmanos. Muito lindo!

 

Depois deste monumento pegamos a van, nos despedimos do nosso guia Umesh - que de longe foi nosso melhor guia do sabático, até agora.

Chegamos no lugar do show... aí descobrimos que o jantar não  estava incluso.. tinha uma praça  de alimentação que parecia o hotel venetian de las Vegas... mesmo céu  de mentirinha... comemos rapidinho um lanche e fomos para o teatro que ficava ao lado. ( lanche horrível, por sinal... recomendo comer antes e depois ir para o teatro).

Descobrimos que era uma peça  e não um show de dança e que falavam hindi ... rsrsss... difícil .. quase não entendemos nada, mas tinha muita dança.. e música , então até que  deu.... rsrsr. Na platéia, acho que 98% das pessoas eram

locais, então fizemos algo bem típico ...um pouco cansativo, foram 2h de show, mas valeu.

... e assim findou nosso primeiro dia de Índia

 

 

3°Dia

 

6/03 - Voando para Varanasi

 

Contratempo : No caminho para o aeroporto meu marido percebeu que havia perdido o cartão  de crédito e aí já viu...stresss!!! ligamos urgente para o cartão  e cancelamos. Paciência .... faz parte!!!

 

Nossa passagem por Delhi foi rápida, uma pincelada de história  e lugares  contrastantes.

 

Naquela manhã, deixamos Delhi para trás rumo a um dos lugares mais impressionantes do mundo...

 

Varanasi: Choque total de fé, cultura e preceitos.

 

Às margens do rio Ganges,  pode-se testemunhar mulheres lavando roupa, crianças brincando e outros queimando seus mortos... Varanasi proporciona o contato com nosso primitivo, vida, fé e morte.

 

Com cerca de 3 milhões de habitantes, Varanasi é uma das cidades mais antigas do mundo e mais sagrada do hinduísmo.

 

Chegamos no aeroporto e para minha surpresa, contrariando as previsões, a temperatura estava bem amena, nublado e ameaçando chover ( para meu desespero, pois não havia trazido roupa de frio, nem capa de chuva) o transfer estava a nossa espera. Fizemos check- in no nosso hotel.

 

Hotel Gateway - Veranasi

 

Escolhemos o Gateway hotel, seguindo o conselho de nossa agência, por se tratar de um dos melhores hotéis  da região. Para evitar complicações, decidimos nos hospedar na Índia  em lugares muito bons. 4 ou 5 estrelas. Viajar com as crianças em regiões muito diferentes como Índia , por exemplo, exige um certo conforto. Sendo assim, não pensamos duas vezes em escolher bons hotéis  para nossa estadia. A seguranca também foi bem forte, igual em Delhi.. revistas e detector de metais.

Por do Sol no Ganges - misterioso, dantesco 

 

Nossa tarde foi livre e descansamos. Às 17:00 encontramos nosso guia : hora de testemunhar a cerimônia  chamada aarti no Rio Ganges.( esta cerimonia acontece todos os dias ao anoitecer - é um momento de oração e agradecimento a mãe deusa Ganges ( a mitologia conta que este rio veio do céu e por isso tem um elixir da vida eterna após a morte - todo hindu pelo menos uma vez na vida deve ir se banhar e prestar homenagem ao rio)

 

Pegamos a van e depois 3 rickshaws. Doideira de caminho... parecia que tinha morrido e ido para o inferno kkkk meus filhos e marido gostaram muito... para mim o cenário foi Dantesco... Fiquei bem chocada com as pessoas me puxando, cutucando, chamando minh atenção para vender coisas ou pedir esmolas. A miséria do lugar era tal que precisei de um tempo para absorver.

chegando no ghat principal ( escadarias que dão para o ganges), pegamos nosso barquinho e fomos navegar nas águas sagradas.

Do barquinho a visão é outra. Há distanciamento, o que facilita aproveitar a paisagem e observar melhor as atividades no rio sagrado. Vimos o por do sol e as cores eram realmente incríveis.

depois fomos para a parte da cremação - no Ganges existem dois lugares específicos para a cremação.

É um grande cemitério , grande crematório . Como não são todos que podem cremar seus mortos no rio, trazem as cinzas e jogam no rio.

 

curiosidade: Cremação no ganges

 

cremação para o hindu é um assunto familiar - cremam os corpos o mais rápido  possível - assim que a familia toda vier. Colocam mel e manteiga no corpo e depois colocam numa  esteira de bambu e vestem o morto com roupa branca e colocam flores- carregam a esteira até o Ganges. Quem põe o fogo no corpo precisa tomar banho no ganges, raspar o cabelo e vestir branco - corpo queima em 3 horas e os restos sao depositados no ganges.

A cerimônia Aarti, em si,  não foi assim tão impressionante. Depois de uns 30 minutos pegamos nossos rickshaws e voltamos para a van, mas o contexto geral foi.

 

O caminho foi bem interessante, e perturbador( igual a ida), pois pessoas nos abordavam, tocavam...pediam  coisas.. e para mim isso sempre foi bem difícil.

 

Por isso, caminhar pela ruas em certos lugares da Índia foi um pouco violento, uma vez que você é literalmente tocado pela pobreza, miséria e tristeza... isso para mim foi muito difícil.

 

 

4° Dia

 

7/03 - Nascer do Sol no Ganges : Surreal e emblemático

 

Acordamos às 5:00. Hora de testemunhar o nascer do sol no Rio Ganges. Simplesmente Surreal, imperdível para quem está em Varanasi. As cores, os sons... cacofonia caoticamente colorida..

Se o por do sol  de barco no Ganges foi muito bonito... o nascer do sol foi ainda mais exuberante. Amei!

A tarde teríamos um passeio por vias pequenas e escondidas em Varanasi - escapando das rotas turísticas. Por coincidência  neste dia estava tendo festividade em homenagem ao casamento de lorde Shiva com Parvati e a cidade estava ainda mais movimentada e lotada que normalmente era. Decidimos não fazer o tour por três razões: seria muito caótico ( ainda mais do que já é) iríamos fazer estas caminhadas em muitos lugares na Índia e por fim, o choque em Varanasi foi bem grande com a lotação e com a miséria... entao decidimos ir mais devagar com caminhos menos turísticos em Varanasi.

Sarnath - Onde Buda falou pela primeira vez, depois da iluminação

 

A tarde, fomos de van com nosso guia para zarnath a 10 km de Varanasi - lugar onde buda fez sua primeira pregação, 529 antes de cristo, depos da iluminacao, aos 35 anos. Este é o lugar mais importante e sagrado para os praticantes do budismo.

Bem interessante por ser algo tão antigo.

Em Sarnath, visitamos as ruínas de 2.300 anos de um complexo de um antigo templo onde Buda se hospedou e também passou seus primeiros ensinamentos.

A Stupa Dhamekh foi construída 300 anos antes de cristo em homenagem a Buda pelo rei Asoka( 232 bc). A stupa sobreviveu.. o templo não.

Fomos para o museu, mas não pudemos fotografar nada. Interessante ver que eles conseguiram preservar várias peças de 2.300 anos. Bem legal.

 

 

Depois do Museu em Sarnath paramos numa pequena fábrica de tecidos, onde vimos o processo de fabricação e compramos umas pashiminas. Fomos para o nosso Hotel Gateway.. jantamos e assim nos despedimos de Varanasi.

Importante:  Escolher bem a programação, Varanasi não é para principiantes!

 

Acho que para mim foi um grande choque começar nossa aventura na Índia já com Varanasi. É um lugar forte, lotado, com pobreza e miséria extrema... e uma pluralidade surreal. Minha sugestão aos interessados em conhecer a Índia é fazer Varanasi - sem dúvida - mas deixá-la para o final...

Só depois de dois dias em Varanasi comecei a entender e a aceitar as diferenças e esta "cacofonia" não apenas de som, mas de cores e de sentidos, conceitos e preceitos.

 

Comecei a aceitar que as coisas são como são ha mais de 5000 anos e passei a ser mera espectadora desta realidade, sem sofrer nem reagir a ela... assim comecei a apreciar a linda e emblematica índia com toda sua pluralidade e sincretismo.

Namastê.

 

P.S. Acabei me arrependendo de não ter feito a caminhada por Varanasi, mas não estava pronta...

5°Dia

 

8/03 -   Khajuraho : Erotismo e religião

 

Acordamos com calma, tomamos café da manhã e fomos para o aeroporto.

Nossa viagem para Khajuraho foi rápida- apenas 40 min.

 

Lalit Temple View - Oasis a 500m dos templos

 

Escolhemos o hotel Lalit Temple View- que fica apenas 500m dos templos de Khajuraho. O hotel era muito bonito, com excelente infra de spa, piscina, quartos amplos. Excelente escolha !! Almoçamos e jantamos lá - mas já aviso: Índia não  é barata não ! tipo U$15,00 por pessoa/refeição e as taxas de serviços e impostos vem no final da conta e eleva consideravelmente os valores! cautela!

Noite de Dança em Khajuraho

 

A tarde escolhemos não fazer muita coisa, almoçamos, fomos a piscina e spa e aproveitamos a infra do hotel. Uma das minhas filhas estava sofrendo com muita saudade de casa... e faria 2 anos que minha filha peluda faleceu... então o dia estava sensível ...achamos melhor nadar na piscina, relaxar.. e depois fomos num show local de danca que mostrou 7 tipos de dança  em várias  regiões  da Índia . Gostamos muito (as meninas... os meninos mais ou menos) muito alegre e colorido.

6°Dia

 

9/03 - Explorando as ruinas de Khajuraho.

 

Acordamos, tomamos café da manhã e fomos de van até as ruínas situadas apenas 500m do hotel. Não  tínhamos guia, mas a van ficou à disposição. Khajuraho ( que significa floresta de tamareiras)  é um dos maiores complexos que reúne  templos medievais hindus e é famoso pelas suas esculturas eróticas nas fachadas dos templos.

 

Demorou 100 anos para construir - entre 950 a 1050 - A cidade era a capital religiosa e cultural no período  da dinastia chandela, que depois de seu declínio, abandonou a cidade. Ficamos 2 horas andando pelas ruínas . Lugar extremamente agradável ... cheio de verde. Pessoal local tranquilo e sorridente.

Os templos dentro e fora são

 praticamente iguais.

No caminho, encontramos várias  moças locais lindas, com vestidos coloridos e vibrantes... conversamos e tiramos fotos! Elas nos convidaram para irmos na casa delas, mas não fomos. Havíamos lido sobre isso. Alguns convidam, nada de ruim acontece, pelo que lemos, mas sempre pedem dinheiro... não achamos que havia necessidade de irmos.

Tudo que as pessoas fazem na Índia  elas esperam o famosos "tip" gorjeta. Até  um seguranca do templo que tirou uma foto para mim, me pediu dinheiro, então só ficar ligado nisso!

 

 

As esculturas eróticas fazem deste complexo um lugar ainda mais especial. Ficamos caçando as posições mais loucas kkk. Foi divertido ver que as esculturas traziam o cotidiano da galera da época... eles eram bem animados!!!

Gorgeta na Índia

Ao lado do complexo tinha um templo ativo, religioso que atrai milhares de pessoas. O nome dele é matangeshwer temple ou templo de Shiva.e traz a linga e toda a simbologia da água igual no templo de shiva no Cambodia.

Fomos almoçar no hotel, pois não queríamos arriscar na cidade. Eu como adoro, fui fazer massagem num centro local. Aí sim me aventurei! Muito diferente.. usam litros de óleos  perfumados, mas que parece de cozinha... e começaram a fazer massagem na cabeça, ou seja, meu cabelo ficou puro óleo, mas adorei a massagem. Quando souberam que eu era do Brasil me falaram que Fabio Porchat havia feito várias massagens ali. Legal!!

Às 18:30  fomos para o festival - que nada mais era do que uma quermese, bem simples e pobrezinha, mas cheia de gente feliz.

Andamos por uns minutos e depois fomos ao templo de shiva que estava lotado de tarde.

 

Ai sim pudemos entrar... de todos os lugares, esse sim... senti uma energia enorme! meu rosto ficou pegando fogo e me deu uma vontade de chorar.. mas qdo fui entrando e me familiarizando com o lugar essa vontade passou. Dentro tinha uma linga enorme ( a linga simboliza o pênis, na verdade tudo simboliza o renascimento, a criação).

 

Depois fomos nos templos assitir uma apresentação chamada "luz e sons " que os indianos adoram fazer nos templos. Estes show contam a lenda do lugar.  Só de estar naquele complexo a luz do luar e das estrelas já era bem especial! Gostei muito!

E assim acabou a noite, a gente indo jantar no hotel!!

 

 

Amei nossa breve passagem em khajuraho!! todos foram muito simpáticos e prestativos e os templos são fantásticos. Tem pouco turista, do jeito que gostamos ! Ainda tem mais templo para ver... mas vai ficar para a próxima... só vimos uma parte do local.

 

Curiosidade:

Para comer tenho duas dicas que gostei muito : murgh malai tikka ( no spice - sem pimenta)  franguinho gostoso sem tempero forte e pedi com legumes-  recomendo !! e Naanja : uma pizza indiana- adorei!!! claro, o pão Nann é muito gostoso e tem 3 versões : tradicional, queijo ou alho... mas engorda que é uma beleza...

7°Dia

 

10/03  Pé na estrada

 

Começamos o dia cedinho e 7:30 já estávamos  na estrada. A estrada até que não foi tão ruim qto pensei... e a viagem durou 3h30 até Orccha. A aventura ficou por conta do nosso motorista que era bem maluco... quase atropelamos uma vaca, duas senhoras... e assim por diante... e dali buzina o tempo todo... Ah.. claro e ninguém usa cinto de segurança aqui. Nossa van nem tinha... socoroo!!!

A região é bem diversificada o que fez da paisagem bem interessante.

Visitando ORCCHA

 

Chegando em Orccha nos encontramos com nosso guia. Ele nos explicou que visitaríamos um complexo composto por 2 templos e 2 palácios. Amei o lugar!!

 

1 Palácio : foi usado pelo imperador que o construiu em 28 anos e só  o usou por uma noite - depois ele foi para a guerra e morreu. Os ingleses utilizaram o lugar como um hotel para caça de tigres.

 

O lugar inspirou sir Kipling a escrever Mogli - menino lobo.- qdo ele ali esteve e ficou sabendo de uma família que havia perdido ( ou deixado) seu filho bebê na floresta.

2° Palácio chamado Raj Mahal foi usado por 300 anos pela família real e ainda mantem as pinturas daquela época, inspiradas pelas reencarnações de visnu. (Segundo eles falam, visnu teve 9 reencarnações, sendo que a nona foi Buda)

fresco in Raj Mahal

Depois seguimos pelo vilarejo em direção aos templos. Foi muito pitoresco. Próximo aos templos, eles vendem doces variados para servirem de oferenda.

Templo dedicado a Rama:  Este é um templo ativo e reúne muitos devotos. Não nos aventuramos a entrar - a sujeira era muito grande, tava cheio... não quisemos tirar o sapato e encarar não. Tiramos foto de fora. Tinha tanta mosca em todo lugar. Complicadíssimo. Passamos. ( na foto parece ok né? mas estava tudo tão sujo e muitas, muitas, muitas moscas...)

O outro templo logo ao lado é dedicado a  visnu- deus protetor - este sim entramos. Era um templo antigo, quase em ruinas. Muito lindo e a vista dele para os palácios era fantástica.

 

Como Orccha não recebe muitos turistas, as pessoas, principalmente rapazes, nos acompanharam em nossa visita- mas foi tranquilo, nos olhavam com curiosidade e as vezes nos pediam para tirar foto. Um pai me pediu para tirar foto com sua filhinha... e eu tirei.

 Almoçamos num hotel perto, onde era uma antiga residência, bem legal. Tava meio deteriorado, mas parecia que estávamos num filme..imagino antigamente, deveria ser maravilhoso. Me lembrou hotel Marigaux - o filme.

 

Gwalior : pouco conhecida, uma das minhas favoritas!

 

Chegando em Gwalior nosso transfer estava nos aguardando. Nossa van de Delhi com cinto de seguranca e mais nova estava de volta.

 

Assim como Khajuraho e Orccha, a cidade de Gwalior fica fora da rota turística tradicional, por isso é  visitada por poucos turistas e para mim foi um dos pontos altos dessa viagem... uma pérola !!!O forte de Gwalior é considerado o mais impressionante de toda a Índia e tenho que concordar!!! simplesmente fantástico... Maravilhoso!!! uma jóia!!!

Indo para Índia não pode deixar de ir! até agora um dos meus locais favoritos do sabático!

 

Usha kiran Palace HOtel

 

Ficamos num hotel bem especial :Usha kiran Palace. Este, faz parte do Palacio real - era a casa de hóspedes do palácio e foi transformada em hotel do grupo Taj.

Lugar super charmoso ( 4 estrelas), embora precise um pouco de renovação ..mas gostamos muito da nossa estadia. Os quartos são super amplos ( gigante) o serviço muito bom, comida ótima.

 

Pegando Trem na Índia

Em seguida rumamos de van por 40 min até a cidade de Jhansi - onde pegamos o trem para Gwalior. Nossa próxima aventura foi andar de trem na Índia !

Tirando alguns indianos deitados no meio da estação... e as moscas... tudo pareceu bem normal. A viagem foi tranquila e demorou 1h30.

Nosso jantar no hotel foi bem legal... comi meu frango indiano suave e foi tudo otimo!

 

 

8 Dia

 

11/03 - explorando os pontos turísticos de  Gwalior

 

 

Nosso city tour com guia começou às 11:00 e nossa primeira parada foi o Jai Vilas Palace ( 1809) - que pertence a uma das famílias mais ricas da Índia - familia Scindia - desdendente de Maharajas ( que significa imperador ou rei no ocidente/ maharaja em hindu / sutão no mundo islâmico)

 

Grande parte do palácio foi convertido em museu. O palácio tem 400 quartos e é bem legal. A família continua no poder do país e utilizam o palácio para dar recepções e receber chefes de estado. Embora precise de manutenção, o lugar é bem legal - vale a pena visitar!!!

O meeting hall tem 2 lustres de 3,5 toneladas cada. Para ver se o teto aguentava eles colocaram 7 elefantes andando no telhado. Quando Obama por exemplo visitou a Índia eles o receberam no meeting hall.

Nosso hotel era a casa de hóspedes do palácio e como era do lado, decidimos almoçar no hotel mesmo.

 

Continuamos nosso tour a tarde.

 

 

Forte de Gwalior : De longe para mim, o mais bonito da Índia!!

 

Imperdivel, pérola da Índia em minha opinião  : Forte de Gwalior - datado de 1.000 anos.

 

Muitos lugares são lindos, exuberantes... mas que provocam o encantamento, são poucos.

 

Este para mim, foi o caso do Forte de Gwalior.

 

O forte é constituído  por quatro templos e palácio  real, variando sua construção entre séc. 11 até séc .15. O complexo foi construído por Indus, depois da invasão, os mughs ( originários  de gengis khan)  reduziram este belo palácio em prisão e só com os ingleses a prisão foi desativada e entao o governo e a família Scindia cuidaram e protegeram o lugar transformando-o em monumento histórico e ponto turístico.

Amei demais este lugar... vai ficar sempre em minha memória como uma jóia, uma pérola na India... pouco conhecida pelos turistas ocidentais é um lugar tranquilo para tirar foto, relaxar.

A exuberância do lugar e tanta... difícil escolher as fotos para esta página... queria colocar todas!!!

As pessoas da região visitam o forte e foi muito legal interagir com elas. Como tem poucos ocidentais nesta região, eles não estão acostumados. As famílias andaram junto conosco, tiraram fotos.. nós tiramos também... foi bem agradável.

A vista do forte é simplesmente fantástica...sou suspeita, amei o lugar!

 

Templo Sas bahu ( significa sogra e nora) são  lindos!!! Ao lado do palácio o Maharaja

construiu dois templos para não dar briga : um para sua mãe  e um para sua esposa. Por isso do nome do templo.

Esculturas Magníficas : Gwalior

 

Esculturas de profetas nas encostas do morro no caminho para o forte feita pelos hundus em 1425 - os mughs destruíram  os rostos das esculturas porque eram profetas. Alguns foram repostos em restauração  outros continuam destruídos .

 Teli Kar mandir  : Templo mais antigo do complexo -  datado do século 9.

A noite fomos assistir o show "light and sound" no forte - muito legal ... estar lá, naquelas construções sob a luz do luar e das estrelas... não tem preço, exuberante!

Jantamos no hotel e nossa passagem relâmpago , mas super especial em Gwalior acabou assim...com fotos fantásticas !!!! super recomendo o lugar!!!!

 

Síntese :

A Índia é um lugar único com pluralidade e contraste entre o passado de conquistas e riquezas e o presente com sua realidade de miséria e desigualdade social...

 

 

9° Dia

 

12/03 - Ida para Agra- cidade do Taj Mahal

 

 

Às 9:40 saímos com nossa van diretamente para Agra. 2h30 de viagem. Estrada pequena, mão dupla e muita adrenalina, como sempre.

Em Agra escolhemos ficar no hotel ITC Mughal - 5 estrelas, intercalando com nossos 4 estrelas. Legal, mas nada muito glamuroso não.

Almoçamos no hotel e a tarde começamos a desbravar a cidade. Agra como já esperavamos é bastante turística, cheia de ocidentais por todos os lados. O que sinceramente para mim faz grande diferença, perde um pouco do charme com tanta gente... mas isso é pessoal.

 

Red Forte  e Baby Taj em Agra

 

À tarde, começamos nosso passeio visitando o Red Fort, contruído em 1565 pelo 3 imperador mugh.( o mesmo que construiu Gwalior - gosto dele .. rsrsr).

 

O imperador no. 5  Shah Jahan  (criador do Taj Mahal ) em  1.630 fez melhorias e adicionou ao complexo , um palácio  de mármore, onde mais tarde, seu próprio filho, após matar seus irmãos aprisionou-o e tomou o poder.

 

Visitamos também itimad-ud-daulah localizado no lado oposto do rio. ( construído  pelo 4 imperador- convertido para túmulo de seus pais entre 1622 e 1628) - Alguns chamam esta construção de Baby Taj, mas foi construído bem antes do Taj Mahal.

A noite ficamos no hotel, comemos lá mesmo. Tem dois restaurantes :um buffet ( almoço e jantar) e um outro bem conceituado indiano (caro e não gostamos muito) -  revesamos.

 

Uma coisa muito legal neste hotel ITC Mughul em Agra - é que pegamos duas suítes e  por isso tínhamos 4 peças de roupa para lavanderia por apto. como cortesia e também 1 hora de happy hour - drinks cortesia. Achei bem legal isso!

 

10° Dia

13/03 -  nascer do Sol e entardecer no Taj Mahal : Pura beleza!

 

Cedinho acordamos e às 6:15 saímos do hotel. Os portões do Taj abririam às 6:30. O stress começou para mim no dia anterior: Taj Mahal - 7 maravilhas lindas fotos: que roupa colocar... decidi colocar meu vestido favorito e pronto... testei outros, mas o favorito foi o de sempre mesmo. Chegando lá já tinha fila, mas deu tudo certo. Foi rápido, conseguimos tirar lindas fotos.

O Taj não decepcionou, pelo contrário. Somos um pouco céticos com coisas muito turísticas, cheia de filas, mas de manhazinha foi legal, pois mesmo com bastante gente o lugar não perdeu seu charme.

A luz estava linda, amamos!

Entramos dentro e vimos os dois túmulos. Mesmo sabendo que os corpos não estão exatamente ali ( estão bem abaixo no subsolo), foi emocionante.

 

Depois do estonteante Mousoleu de amor, fomos para o hotel, dormimos e acordamos para almoçar.

 

 

Vilarejo de Kachpura : verdade nua e crua ao lado do Taj

 

Nunca vi tanta mosca na minha vida...

 

Às 16:00 fomos visitar um vilarejo apoiado pela nossa agência chamado Kachpura. Andamos por lá e conhecemos o trabalho de tentativa se conscientização realizado por Ongs no local.

 

O povoado tem 400 casas, 3 mil pessoas - eles tem um trabalho social lá que treinam adolescentes para serem guias, mulheres para fazem artesanatos e explicam sobre higiene e tratamento de água e toillets... Desde 1997 eles tentam implementar mais educação e higiêne, porém ainda hoje  apenas 200 casas tem banheiros... ou seja, aquilo que falei no Cambodia :  é dificil mudar hábitos e tradição... às vezes, as pessoas estão como estão por escolha.

 

Ao caminhar, posso dizer que nunca havia visto tanta mosca.. e a situação de higiêne tão precária. Muito difícil andar pelas ruelas e ficar tão perto desta realidade tão distante da nossa.

Mas pelo menos não sofro mais.. entendo que as coisas são como são e não cabe a mim mudar nada. Só aprender com isso...

Mehtab Bagh : Por do sol com vista para Taj Imperdível!

 

A caminhada pelo vilarejo acabou num lugar maravilhoso. Um jardim lindo e pitoresco que tem uma vista fantástica do Taj. Imperdível!!! O lugar chama Mehtab Bagh. Fica do outro lado do Rio, lado oposto do Taj. Uma jóia no por do sol!

E assim a tarde caiu... com o Taj como cenário emblemático que sempre ficará em nossa memória. As crianças brincaram... nós tiramos fotos lindas, conversamos... Vale muito a pena terminar seu dia lá! recomendadíssimo !!!!

Tínhamos pensado em ir num show de dança e teatro que conta a história do Taj Mahal, mas como seria com head fone em inglês, desanimamos.

Voltamos para o hotel, tomamos drinks free no happy hour e jantamos buffet e claro, arrumamos as malas. Assim foi nossa  breve passagem pelas terras do Taj Mahal...

 

11° Dia

14/03  - próxima aventura : safari na India - projeto tigre

 

Às 10h saímos rumo a cidade de Bharatpur - onde às  15:47 pegaríamos nosso trem para Sawa Madhopur, mas no caminho paramos na cidade de Fatehpur Sikri a 40km de Agra.

 

Conhecendo Fatehpur Sikri : a cidade fantasma da Índia.

 

A cidade foi construída em estilo hindu- islâmico no século 16 pelo Akbar  imperador mughal no 3- avô do Shah Jahan ( imperador que construiu o Taj) e o mesmo que construiu Gwailor, ou seja, um rei bastante ativo. A cidade daria apoio a Agra, e o rei ficaria próximo do seu guru que morava lá. Porém 14 anos depois de construída foi abandonada por falta de água. Na verdade esta foi a desculpa que o rei usou, pois seu guru havia morrido e ele queria voltar para Agra. O lugar virou uma cidade fantasma e talvez por isso as construções estejam tão bem conservadas.

 

palácio real...palácio para mãe, harem, biblioteca, casa do tesouro.. enfim, tudo abandonado.

O jantar foi ótimo e conhecemos um casal muito simpático dos EUA e uma senhora Inglesa. Jantamos todos juntos. Muito gostoso!

Após jantar tentamos usar a  internet, mas não estava funcionando....

 

12 °Dia 

 

15/03 - Safari : Onde está o felino?

 

Acordamos 5:30. Nosso safari começou às 6:15. Wake up call com chazinho na porta e brandy de saída para animar! Achamos bem curioso aquilo, mas aderimos para experimentar. Era um tipo mingau com brandy chamado Porch.

Entramos nós 5 num veículo tipo jeep, 4x4 e partimos para o parque. Super confortável! Delícia, relembramos a África!

A paisagem é simplesmente maravilhosa, e o parque é bem ativo. Cervos, crocodilos, macacos ( meus favoritos!), javali e claro: The boss : Tigre

 

Encontramos com 4 tigres na primeira manhã - primeiro game! - sorte de iniciante na Índia. Mas nosso encontro mais emocionante com o felino foi quando, do nada ele surgiu na nossa frente! uau!! foi demais.. gravei o encontro, foi muito de repente! ele simplesmente passou lentamente na frente do nosso jeep e andou do nosso lado! show!!

Chegamos no hotel, descansamos. As informações do agente local da nossa agência Audley começaram  a não bater. Meu contato na inglaterra que criou nosso programa nos aconselhou a não fazermos passeio de elefante de manhã no forte. O agente queria que fossemos... achei muito estranho o não alinhamento deles...

 

Minha pequena ainda estava fraquinha e meu marido e ela ficaram descansando no hotel.

 

Às 16:30 tinhamos marcado um passeio e fui com meus outros dois filhos. De novo aguardamos o guia e depois descobrimos que iriamos com o motorista e um guia da cidade iria nos encontrar lá no bazar...logística um pouco confusa.

 

Fomos ao baazar no centro antigo - a idéia era que nosso guia nos apresentaria os artesanatos e a comida local...mas desta vez redobramos o cuidado com comida. Nada de street food. Só olhamos e passeamos mesmo. O baazar tem ruas estreitas e é dividido por áreas: roupas de casamento, utilidades e utensílios, entre outras. Tudo é bem sujo e os cheiros são diversos.

A cidade parece mais organizada, mas como todas as outras cidades que conhecemos até agora, é bastante caótica em termos de higiêne.

 

Não sei porque nossa agência não programou a visita no palácio da cidade, mas como minha pequena não estava bem, nem perguntei.

Jaipur :  Cidade Rosa ou Terra Cota?

 

terra cota, ne?

 

Jaipur é uma cidade dividida em duas partes : nova e antiga.

 

A nova tem ruas amplas, árvores, Mac Donald's, é mais limpa. A antiga é caótica, suja, bem pobre... parece muito com Old Delhi. Nosso hotel é um oasis  no meio do caos.

 

Jaipur é a capital do Rajastão, fundada em 1727.  Foi criada e fundada em apenas 5 anos e para tal eles ofereceram casa com loja para comerciantes de outras cidades irem para Jaipur de graça por 150 anos. Foi assim que eles construíram a cidade. Até hoje seu bazar é forte e a cidade é conhecida pelo comércio. Jaipur é conhecida também como a cidade rosa, devido a pintura de seus muros para a visita do príncipe  de gales e ainda várias permaneceram. Só que a cor na verdade é terra cota, mas como o príncipe chamou de pink, ficou pink.

Sujan Rajmahal Palace - muito especial, recomendo!

 

À noite, fazendo parte dos contrastes da Índia, fomos jantar no palácio que virou hotel e que é administrado pelo dono do nosso hotel de safari  (sher bagh) Ele nos recomendou um jantar neste hotel. Fomos. Impressionante!!! um dos hoteis mais lindos que já  fui. Só 14 quartos!!!! O jantar foi divino! vale a pena conhecer!!!

E nossa noite em Jaipur acabou assim: luxo total contrastando absurdamente com nossa tarde, onde até rato comendo esterco na rua, vimos.

 

15 °Dia 

 

18/03 - segundo dia em Jaipur : Coitados dos Maharajas!

 

Andando de elefante, nada confortável

 

Descansamos pela manhã e depois do almoço fomos a nossa aventura: andar de elefante!!!!

interessante... fiquei pensando que os Maharajas tinham uma vida dura... rsrs.. andar de elefante não é para qualquer um não, o bicho chacoalha muito! Mas gostei! divertido! Tem muitos lugares que se pode andar de elefante em Jaipur. O que nosso guia não aconselha é de manhã no forte, por ser muito turístico, acaba perdendo a autenticidade. Nós fizemos em Dera Amer

No meio do nosso passeio, minha pequena passou mal, pois ainda estava fraca. Nesta visita as pessoas andam por corredores apertados, e entenda :  os cheiros na Índia, seja pela falta de higiêne das ruas, das pessoas ou da comida... ou das três, é muito forte e chega a ser desagradável muitas vezes. Aí pronto... haja estômago. Saímos logo do forte e voltamos para o hotel.

Fui visitar duas lojinhas, pois entendi que Jaipur era o lugar para comprar bijoterias, jóias  e afins.

 

Próximo do hotel tinham uma loja e no hotel também, então fui dar uma olhada. Achei os preços tão absurdos que desisti. Um bracelete de prata mil reais? com tanta miséria nas ruas?

(10 meses de trabalho do cara do elefante que ganha 100,00/mês !) simplesmente achei imoral. Compro no Brasil ou EUA biju da Índia por um terço do valor. Se continuar assim, sem presentes da Índia... vamos ver.

 

Tivemos uma noite muito agradável, jantando com nossos novos amigos americanos, que por coincidência conhecemos em Sher bagh e também estavam em nosso hotel em Jaipur.

 

E a noite terminou assim, adultos se divertindo e as crianças também, só que no quarto, comendo room service no patio privê que desfrutamos neste hotel. Muito bom!!

Dura realidade, salários na Índia:​

 

No caminho, como é de meu costume, conversei com o "motorista" do elefante e foi muito difícil entender que ele vive de nossas gorjetas. Qdo perguntei sobre o salário dele pilotando o elefante ele me confidenciou que recebe apenas 50 rupias por dia o que resulta nos miseros 100,00 reais por mês e antes ele havia me dito que tinha 5 filhos. Da para imaginar isso??? fim dos tempos!!!

 

Forte de Ambar : surpreendentemente conservado

 

Depois da andada fomos ao forte de Amber. Amber era a cidade antiga e por estar rodeada de montanhas não podia crescer mais. Foi aí que o rei pensou em criar uma nova cidade, onde ele pudesse criar do zero, orientado pela matemática e astrologia. Foi assim que nasceu Jaipur, com plano diretor visionário para sua época, por volta de 1.700.

 

O forte de Amber é surpreendentemente bem conservado, lembra um pouco o palácio de mármore de Agra, mas em minha opinião, muito mais bonito e melhor conservado.

Sobre nossa agência: estranhando o serviço

 

Comparando com a Selective Asia, nossa outra agência que utilizamos no sabático ( Tailandia, Laos, Vietnam e Cambodia) , o serviço da Audley parece muito solto. Cada lugar eles utilizam guias especializados só para aquela devida atração... não tem uma continuidade e o sentimento de estar sendo cuidada, como tivemos nos outros países coma Selective Asia, acaba não existindo. A audley nos deixa viajar somente com motorista que pouco fala inglês, são muitas horas... não sei se acho tão bom.  Acabamos sem água gelada e o capricho do paninho geladinho e cheioroso que tínhamos nos outros países, acabou fazendo falta na Índia.  Acho que estávamos bem acostumados, sempre com motorista e guia nas viagens e em todos os lugares. Como a Audley vende seus serviços como " Luxury".... esperávamos mais. Sem contar que o valor da Índia em comparação com os outros países ficou muito mais caro.

 

16° Dia

 

19/03 - jodhpur : cidade azul no meio do deserto

 

Já estávamos  viajando pela Índia a 16 dias, e o cansaço já estava começando a bater. Não pelo cansaço da viagem em si, pois qdo pensava na Austrália ou Nova Zelandia, que seriam nossos próximos destinos em Abril, me animava. Cansaço pela  natureza e cenário da miséria. Sei que parece péssimo falar isso, mas cansa. O caos, a sujeira, os cheiros.. a comida forte e extremamente temperada...depois de algum tempo cansa e fugir desta realidade e estar num oásis maravilhoso de hotel não conforta mais, parece que agride.

 

Nossa viagem de Jaipur para Jodhpur de van demorou 7h. A estrada era boa. Mão dupla : graças à Deus. O que significou menos buzinas e ultrapassagens holywoodianas- eu disse menos? hahaha.

 

Jodhpur é conhecida como a cidade azul no Deserto de Taar no Rajastão, por suas casa - em quase que maioria - serem pintadas de azul.

Esta região árida da Índia é conhecida como Marwar que significa terra da morte

 

A cidade foi fundada em 1.459 pelo Rao Jodha que também contruiu o forte Mehrangarh - hoje um dos principais pontos turísticos da cidade.

Por que do azul em Jodhpur?

 

O porque das casas serem pintadas de azul tem várias versões: para deixar a casa mais fria no inverno; a casta de sacerdotes começaram a pintar de azul para se diferenciarem e aí todos começaram a imitar; outra versao é que azul é uma cor sagrada, a cor de shiva , então pintar a casa de azul traz proteção, sorte.... bom... pelo pouco que conheço do indiano estou inclinada em acreditar mais na última versão. Mas, vai saber, né? e a última versão apresentada pelo meu guia é que a pintura de azul trazia uma mustura de extrato de limão e indigo que tem ação anti inseto. Por isso pintavam de azul.... vai saber? talvez todos estes motivos tenha seu fundo de verdade.

Chegamos em Jodhpur perto das 17:00. O hotel que escolhemos chama-se Raas - um boutique hotel no coração da cidade azul, ao lado da torre do relógio e aos pés do forte, ou seja super bem localizado para quem gosta do burburinho. Amamos o hotel de dia e a noite... seu bar roof top é fantástico!!!

Para chegarmos até o hotel tivemos que pegar um rickshaw... aventura!!! as mala vieram depois.

O hotel não decepcionou, fantástica combinação entre tradicional e conforto contemporâneo. Os quarto são duplex!!!À noite jantamos no hotel... lindo!!!

17° Dia

 

20/03 - Conhecendo a cidade azul da Índia

 

Às 10:00 nos encontramos com nosso guia e nos dirigimos ao forte. Aquela construção linda que na noite passada contemplamos no nosso bar roof top.

Para chegarmos ao topo do forte andamos até a torre do relógio que funciona como bazar e também de entrada para a cidade antiga onde os carros não são permitidos.

Pegamos nossa van e fomos até o topo do forte.

 

Mausoleu Jaswant Thada : Lugar lindo!

 

Jaswant Thada - Nossa primeira parada. Lugar fantástico, lindo de morrer. As flores, o memorial todo de mármore... lugar de paz. Este é apenas um memorial, pois o Maharaja (rei) não tem nem o corpo nem as cinzas de ninguém lá. É apenas um monumento em homenagem ao rei e é relativamente novo, construído em 1906 em mármore no estilo hindu/ mughal.

 

Forte Mehrangarh - muito lindo. Datado de 1400 aprox. mas a cada época, cada rei foi adicionando nova construção e melhorando o lugar. O lugar é tão bonito, que várias revistas como por ex. Vogh usaram o cenário para suas fotos e campanhas. Casamentos de ricos e famosos já foram realizados lá também. Em 1972 parte do forte foi transformado em museu e aberto ao público. Famílias que trabalham no forte ainda moram lá.

Sala que o rei utilizava para assistir dançarinas

As mulheres( rainhas e concunbinas) não podiam ser vistas, então elas assistiam as festas e acontecimentos pelas janelas, e através das paredes com buracos e frestas...mesmo com as bordas ( um tipo de burca só que indiana) dureza!

sala de audiência - olha que interessante :  O rei contava com o apoio e opinião de suas mulheres para assuntos de estado. Sendo assim as mulheres sentavam na parte superior da sala e podiam falar por meio das janelas. Interessante né ?

Templo dentro do palácio - lindo trabalho de espelhos.

Música ao vivo - numa sala no meio da nossa visita tivemos a oportunidade de escutar uma mostra de música clássica indiana da época, tocada para os reis... babei e viajei... fomos transportados para aquela época!!

Vista do forte:  a cidade mescla azul e outras cores. Claro que seria mais bonito se a população pintasse todas as casas de azul. Grande número de  casas conservam ainda as cores originais em azul.

Descemos andando até a cidade. No jardim do forte fizeram um restaurante. Não fomos comer lá, mas pode ser legal.

Trânsito sem leis

 

Pegamos um tuk tuk até o hotel. Ah... sempre aventura né? Não consigo entender. Os indianos desafiam toda a lei da física e aerodinâmica no que se diz respeito a trânsito. Eles não batem! como é possível? tiram cada fina das pessoas, de outros tuk tuk... é impressionante.

 

Parece que não existem leis de trânsito. Preferenciais, contra mão... nada! cada um faz e vai para onde quer e como quer. Parece que estamos nos século 17 motorizados

Saniamento básico, por mais turística que seja a cidade, não parece uma prioridade por aqui.

Jodhpur sem dúvida alguma, de longe até agora foi a cidade mais  simpática da viagem com suas ruazinhas aconchegantes.... 

 Índia : Um charme diferente

 

Mas o conceito de cidade charmosa e aconchegante são diferentes na Índia. A limpeza das ruas são precárias e as vezes inexistentes, as buzinas fazem parte do som da nação, assim como a fuligem e fumaças dos tuk tuks. Esgotos a céu aberto também... não existe barzinhos nas ruas onde possamos tomar um drink calmamente ( alguns se aventuram.. nós não). A oferta é pouca também... aqui a beleza é outra. É o antigo, as conquistas do passado mescladas com as cores das roupas, dos brilhos das lantejoulas e pedrarias... e dos olhos lindos das indianas.

 

Depois do passeio, almoçamos leve no hotel, relaxamos e depois fomos ao bazar.     Uma explosão de cheiros, temperos e de produtos.

Não resistimos! Nosso guia nos levou numa loja de tecido( mesmo falando que não queriamos comprar nada, nosso guia estava interessado que comprassemos... hum... nada legal ne?) Não queriamos comprar nada, mesmo porque estamos mudando de casa e não era hora de comprar nada. Ledo engano... o dono mostrou a coleção que fez para Hermes... Kenzo... sei lá se era verdade... mas amamos as mantas leves coloridas ( cores da Índia com motivos europeus e sofisticados) não resistimos. Compramos!  o preço era bem justo, não resistimos.

 HOtel RAAS em Jodhpur : best happy hour na Índia, ever!!!

 

happy hour passamos no roof bar do RAAs que era incrivelmente fantástico. Mesmo para quem não se hospeda lá, é imperdivel. Tomar um drink aos pés do forte é fantástico e qdo a mesquita ao lado começa a fazer os cânticos, surreal!! 

O jantar foi muito gostoso. Tipicamente indiano, claro. Muito forte e bem temperado.

Jantar indiano tradicional com família Indiana

 

Não estava tão animada, pois o fim de tarde no barzinho tava fantástico, mas não dava para cancelar. Já havíamos mudado  de sábado para domingo por causa da minha filha que havia passado mal.

Então nos animamos, pegamos tuk tuk e van e nos dirigimos a uma parte mais afastada da cidade e bem residencial. Estávamos curiosos sobre que tipo de família, casa, estrutura iríamos vivenciar naquela noite.

Uma das propostas deste sabático  foi conhecer e experienciar a realidade das comunidades. Então esta seria uma excelente oportunidade.

Chegamos numa casa tipicamente classe média do interior de SP, eu diria.Fomos recebidos por um senhor e um casal.

Depois que entramos e quebramos o gelo falando sobre os filhos, trigêmeos... sabático.. a noite foi muito agradável.

 

Para os indianos, a familia Singh é classe alta. Tem dois carros, tv... 3 quartos. Os filhos estão em colégio  interno.

Na casa moram o casal de uns 40/50 anos e os pais do marido ( uns 65/70 anos). Na Índia é comum membros da família (que moram na mesma cidade)  morarem juntos.

 

E assim acabou nossa estada em Jodhpur. Com uma noite bem autêntica na casa de uma família muito boa e simpática.

 

18°Dia

 

21/03 - Pé na estrada : experiência no deserto de Thar

 

Nosso próximo destino foi uma aventura relâmpago no Manvar Camp, que fica no coração do deserto de Thar, entre as cidades de Jodhpur, Jaisalmer e Bikaner.

 

Apenas uma noite. Nossa idéia foi experienciar de forma autêntica o deserto e andar de camelo, simples assim.

 

Para isso viajamos 2h30 de Jodhpur até o Manvar camping.

 

Manvar Camping uma experiencia Mágica no deserto

 

Primeiro chegamos num hotel próximo a estrada, que é do grupo chamado Manvar resort. Fizemos check-in e aí fomos informados que iriamos para o acampamento somente às 15:30, devido a alta temperatura. A idéia foi almoçar e descansar no resort e a tarde partir para o deserto, tenda, camelo e cia ltda.

Assim foi. Partimos nós 5, mais um casal da Austrália,  para nossa aventura. O trajeto já foi uma atração. Descemos dunas de jeep, visitamos tribo local ( bishnoi) brincamos e tiramos fotos nas dunas. Uma delícia de passeio!

Ficamos surpresos como a casa que visitamos no vilarejo estava tão limpa e arrumada. Nosso guia explicou que devido as festividades do holi dias 23 e 24 tudo estava arrumado e limpo.  Isso mesmo, passaríamos o holi na India! Uma das festas mais esperadas e animadas da Índia! ( tipo nosso carnaval)

Final da tarde chegamos no nosso destino e a surpresa foi  muito boa. Danvar Camping é um lugar tranquilo, lindo com apenas 30 tendas.

 

Falando em tendas, elas não tinham luxo como ar condicionado e wifi, mas eram muito bonitinhas, limpas... muito agradável.

Às 18:15 começamos nosso passeio de camelo. Nos dividimos em 3 camelos. Eu fui com meu marido, meu filho sozinho e as meninas foram juntas. Adoramos!!

Babaloo : a rainha do deserto!

 

Diferentemente do elefante, o passeio de camelo parece mais com o de cavalo, só que muito mais alto. A dureza é quando o camelo levanta ou  desce, aí parece brinquedo da universal ou disney, segura senão cai mesmo!

 

Nossa camela chamava-se babaloo, uma fofa!!! só tinha dois anos. Uma estrela no deserto!

 

.....E nosso por do sol foi mais que especial, em cima da babaloo.

 Mil e uma noites na India

 

Ao escurecer não sabiamos ao certo o que iria acontecer ( o pessoal do acampamento não ganha por comunicação não) havia um círculo com palco no meio e mesinhas. Também havia o restaurante. Fomos instruídos a sentarmos nos sofas em círculos.

Logo depois nos foi servido bebidas, snacks e uns homens começaram a cantar! fantástico: uma mistura de gipsy king e flamenco... sei lá, simplesmente lindo! a lua tava cheia, céu estrelado.. o lugar não tava cheio, só uns 20,25 turistas. Não podia ficar melhor..... Ledo engano. Eis que entraram no palco duas moças e começaram  a dançar. Parecia uma cena mágica de mil e uma noites no deserto... Fantástico!

Amei, noite especial, inesquecível.

E assim acabou nossa noite estrelada, numa tenda no deserto de Thar.

Valeu muito a pena termos ido e recomendo muito esta experiência : lugar, música, camelo, dança. Danvar camping foi uma experiência memorável, sem dúvida.

19° Dia

 

22/03- Longo dia de Viagem 

 

Nos despedimos das claras areias do deserto, com um gostinho de quero mais e com o coração grato pela linda experiência que tivemos! As crianças adoraram andar de camelo. Ficamos maravilhados.

 

Nosso motorista nos encontrou logo após café da manhã e às 8:00 já estavamos na estrada. Nosso dia seria longo.. 8 horas até nossa penúltima parada na Índia: Udaipur, a cidade no lago e conhecida como a mais romântica da Índia.

Encontramos nosso motorista próximo ao acampamento( a agência  Audley, diferentemente da Selective Asia - não nos forneceu um guia que nos acompanhasse na viagem, ficamos só com o motorista, que pouco falava inglês- achamos isso  não muito favorável ).

 

Seguimos viagem por 4 horas até pararmos para almoçar em restaurantes de estrada ( os restaurantes que nosso motorista escolhe não são fáceis não.. bem complicado).. esse foi o pior: cheios de moscas... pedimos sanduiche, fomos ao banheiro e prosseguimos por 5km até o templo de Ranakpur Thirta. Esse templo não estava na nossa programação, mas foi recomendado pelo nosso guia de Gwalior, pedimos a nossa agência e foi incluído.

Meu marido não entrou, pois estava de bermuda.

O lugar valeu a pena. Parecia que estavamos num filme tipo Indiana Jones e o templo da Perdição...Como não tínhamos guia, soubemos muito pouco sobre o templo, então só admiramos sua beleza, arquitetura e trabalho de entalhe no mármore. Muito bonito! estando por perto, vale a pena dar uma passadinha.

No caminho fomos parados por vários macacos que brincavam a beira da estrada. Um deles subiu no nosso carro. As crianças curtiram muito!

Chegando no Magnifico Oberoi - Udaivilas em Udaipur

 

Udaipur, a cidade no lago

 

Duas horas de viagem depois, chegamos em Udaipur. A estrada foi bem sinuosa no final e o calor estava insuportável, ainda bem que tinhamos ar condicionado.

 

Chegando em Udaipur percebemos uma cidade diferente, com casas mais classe média. Passamos por dois lagos enormes, até chegarmos em nosso hotel: Udaivilas do grupo Oberoi.

 

De todo nosso sabático este foi o hotel mais luxuoso que escolhemos. Anos atrás eu estava lendo uma matéria numa revista e anotei este hotel... mal sabia eu que anos depois estaria hospedade nele. Eu falo... nossa mente cria, nosso sentimento atrai e nossas ações concretizam. O mundo da voltas.....

 

Qdo nossa van chegou o "porteiro" já nos chamou pelo sobrenome e qdo estávamos entrando no saguão, chuvas de pétalas cairam sobre nós. Olha, achei a experiência bem opulenta! Nunca havia recebido chuvas de rosas. Simplesmente show!

 

O hotel foi bem bonito, tinha duas piscinas, spa, dois restaurantes... bem bonito e uma vista linda do lago.  A comida no jantar foi maravilhosa, todas as noites comemos lá e recomendo!

Nosso quarto era bem bonito, charmoso. Sinceramente, não achei opulento nem em tamanho nem em decoração ou amenidades. Achei sim adequado para uma categoria luxo e muito charmoso.

Depois de tomar um banho fomos jantar a luz do luar e a beira do lago. O restaurante do hotel oferecia comida indiana e internacional, não aguentei: me arrisquei na salada ( deu tudo certo, não passei mal) e num risoto bem italiano. Uma delícia !

20°Dia

 

23/03  - pedalando na Índia : Bizarro...

 

A aventura começou cedo. O representante da agência nos explicou no dia anterior, que precisariamos começar cedo, devido ao calor e também ao trânsito.

Nossa agência havia planejado um passeio de bike no meio da cidade velha. Tinha que ser de manhazinha, pois teria menos gente nas ruas. Sendo assim, às 7:00 deixamos o hotel.

 

Encontramos nosso guia de bicicleta e fomos com ele pedalar no centro velho de Udaipur.

Nossa visão mais limpa e mais evoluída de Udaipur que tivemos qdo chegamos, foi por água abaixo.

Passamos por vendedoras de flores, mulheres lavando roupa na calçada, vacas e muitas fezes... era difícil desviar.

Ou seja, a cidade que parecia mais limpa ou desenvolvida, a mais linda da Índia.. romântica,  como as outras, são bem sujas e fétidas. Eu acho uma pena.

 

família que faz cerâmica há gerações, praticamente no meio da rua

Não deu para chamar o passeio de gostoso nem divertido, mas sim interessante, diferente e  às vezes bizarro!

 

As vacas, assim como outros animais, são alimentados nas ruas pelas pessoas, porque elas acreditam que alimentando os animais eles receberão  de volta: sorte, fartura, prosperidade.

 

Uma doidera, pois assim as vacas veem  todas as manhãs para serem alimentadas e depois voltam para suas casas... sei lá onde forem.... E as ruas ficam sujas de fezes, comida, lixo.

90minutos de bike e nosso passeio acabou. Começou a ficar calor e as ruas começaram a  encher.

Voltamos para o hotel para nosso delicioso breakfast... e a cabeça da um nó... Como ver tanta sujeira, pobreza e chegar neste hotel tão mega luxuoso?

 

Tomamos café da manhã, depois fomos visitar o palácio real na cidade antiga (estávamos sem guia, pois nossa agência não havia planejado esta visita.. não acreditei.. único ponto turístico e eles não incluíram...).

 

Conseguimos a van e passamos duas horas por lá. Alugamos os headfones com áudio, o que não funcionou assim tão bem.

...Mas andamos por lá, visitamos alguns comodos...

Como tudo atual na Índia, em minha opinião, falta manutenção e vários cômodos estão bem caidinhos... velhos, sujos.. as partes externas estão melhores conservadas.

 

Voltamos para o hotel e lá, encontramos o representante da agência. Falamos sobre o dia seguinte que seria o Holi Indiano - uma festa super esperada super antiga ( antes de Cristo  ) e que marca a chegada da primavera.

 

Na noite de 23 eles queimam o diabo nas ruas ( queimam estacas nas ruas) e dia 24 saem dançando e cantando, bebendo.. jogando tinta nas pessoas e água também. Nesta festa não vale reclamar. Todos sabem que serão molhados e pintados.

 

Minha pequena queria vivenciar o Holi tipicamente indiano nas ruas... mas tanto o hotel como o representante da agência não recomendaram. Eu sinceramente não estava nada animada. Em dia normal as ruas são sujas, lotadas e tem 80% de homem, imagina num dia de festa onde o álcool rolou solto dois dias seguidos?

 

A Índia tem um problema sério com os homens. Tem muito mais homens nas ruas e isso é evidente em todas as cidades que fomos e a taxa de estupro é bem alta, fora os que não são denunciados.

 

Então decidimos passar o holi no hotel com as festividades modestas que o hotel organizou. Não valia o risco né?

 

Nossa tarde foi tranquila, aproveitamos para dormir, usar internet, ler e assistir tv.

Jantamos à beira do lago, no nosso hotel maravilhoso e assim acabou a noite.. sem festividades e sem queimar nenhum diabo na rua de Udaipur.🙏🏻

 

21°Dia

 

24/03 - Holi  day : festa das cores na Índia

 

O Indiano já estava a postos para o grande dia já a semanas! O holi , como pudemos observar de longe, parece carnaval.

Todos vão para a rua ( ou quase todos, a grande maioria é composta por homens), dançam, cantam, jogam pós coloridos e água uns nos outros. Tudo regado a muita música e álcool.

 

Acordamos tarde, tomamos café e fomos para as festividades do Holi organizada pelo nosso hotel.

 

Foi divertido ver as crianças correndo, brincando... eu e meu marido, assim como outros turistas, entramos na brincadeira e acabamos pintados e molhados.

Paraíso Udaivilas

 

Passamos a tarde relaxando na piscina do spa ( que dá de 10 na piscina tradicional do hotel)... simplesmente linda! à beira do lago, com suas bordas infinitas.

Lá encontrei pela primeira vez com brasileiros!!  povo de Minas e também da minha terra, interior de SP dá para acreditar? gente conhecida na Índia? que até minha família conhecia? adorei!!!! conversamos bastante, trocamos experiências, muito legal! 

 

Por do Sol no Lago Pichola : Simplesmente Magnífico

 

Aproveitei para fazer massagem no  spa. Foi  muito boa, mas cara.. desta vez escolhi massagem balinesa ( chega de tanto óleo)  O inusitado foi fazer na Índia uma massagem  balinesa feita por uma moça do Butão... mas valeu! pena que por causa do preço fiz só 60 minutos. Sempre faço 90.

 

No final da tarde  fizemos um passeio de barco para ver o por do sol do lago... simplesmente fantástico!!!

mas atenção : em março o horário do por do sol era 18:40.. então foi lindo!!! é preciso programar bem para não estar antes do por do sol, vale muito a pena estar no barquinho qdo ele acontece!

 

 

Nossa noite terminou com um belo vinho, comendo comida italiana no restaurante do nosso hotel. Não dava nem para pensar em sair de lá .. era muito bom!

 

Sabe, Udaipur faz parte do roteiro, mas não tem muita coisa para fazer. O show na minha opinião ficou pelo hotel mesmo, que foi lindo e com serviço impecável. Deu para relaxar e descansar. Então, valeu!

 

22°Dia

 

25/03 - Rumo a Mumbai

 

Mumbai não é Índia.. Mumbai é Mumbai.

 

Mais um dia relaxado. Acordamos, tomamos café da manhã, arrumamos as malas, fiz as unhas ( to ficando craque)... almoçamos e fomos para o aeroporto.

 

Nosso próximo e último destino na Índia : Mumbai.

 

O vôo foi de 1h e meia. Chegamos em Mumbai e nosso transfer estava nos aguardando.

 

Não parecia que estávamos na Índia. Orla, calçadão .. não vimos pobreza nem miséria, nem sujeira. Fiquei feliz, mas desconfiada... veríamos no city tour, dia seguinte.

 

Oberoi Mumbai : Moderno e super confortável - Super Recomendo!

 

 

Escolhemos o hotel Oberoi Mumbai que era um 5 estrelas não muito caro e mais moderno.

 

Não quisemos arriscar na Índia e buscamos ficar em hotéis pertencentes a cadeias conhecidas e bons. Hotel na Índia funciona meio como um Oásis e faz uma grande diferença. Pelo menos para nós, fez.

 

Para a nossa chegada não tínhamos muitos planos não. Chegamos tarde, jantamos e dormimos.

 

 

 

23 Dia

 

26/03 - Conhecendo um pouco de Mumbai

 

Mumbai não parece a Índia que conhecemos. Digo que Mumbai é Mumbai e não Índia.

Pode ser Rio de Janeiro, SP ou Santos.

 

Orla super bonita e arborizada, ruas largas, prédios modernos.

 

Nosso Hotel era longe da muvuca ( diferente do Taj hotel que é muito bom, mas está no meio dela), mas de frente para o mar. Linda vista do nosso quarto.

 

Começamos nosso city tour de van às 9:00 com uma guia indiana- super expressiva e falante.

 

Primeira parada: hanging gardens

 

História meio pesada. Tem uma religião por aqui chamada Farsi. Inclusive um dos homens mais ricos do mundo - do grupo tata que acabou de comprar Land Rover e Jaguar - pertence a esta religião.

Os farsis são originariamente da Persia e tem um costume bem estranho para nós : colocar o corpo de seu ente querido a céu aberto para ser comido pelos pássaros.

Então, este lugar em Mumbai chamado hanging gardens tem uma área exclusiva para colocar o corpo e ninguém pode ir até lá. Como havia muitos pássaros qdo visitamos, nossa guia disse que havia um corpo qdo visitamos o local. Já pensou.. a ave deixar cair um pedaço? um olho, um dedo? e isso, segundo nossa guia, acontece sim. Parece mentira né? Mas não é.

 

Segunda parada : dhobi Ghat -  super laundry

 

Inacreditável, o pessoal de Mumbai tem sua roupa lavada numa lavanderia gigante a céu aberto no meio da cidade. A nossa guia explicou que eles usam uma técnica de limpar super bem e tirar manchas. As roupas são buscadas em domicílio, lavadas e entregues. A logística não falha - eles colocam nome em tudo. Impressionante! 

the lunch box - outra façanha curiosa do pessoal de Mumbai  é o The lunch box. As chamadas marmitas são preparadas pela mulher ( esposa, filha ou mãe ) e recolhida às  10:00h levada de trem até uma central e entregue por bicicleta ou moto no trabalho de cada um. E a coisa não falha. Uma logística impressionante. O indiano de Mumbai quer comer comida fresca no trabalho, por isso não quer levar de casa de manhã. Existe um filme sobre o tema. Não fomos ver a central, mas vimos várias motos e bicicletas levando as marmitas. Dá para acreditar? São cerca de 200 mil marmitas entregues/ dia. E além de entregar, as marmitas são devolvidas às residências até às 18:00 do mesmo dia. Uma loucura de logística!

 

Terceira parada: Old Market  -  Rua 25 de Março da Índia

 

Lá sim, voltamos para a antiga Índia. Uma loucura. Suja, fétida, caos total.

 

Cada área é destinada a um tipo de artigo.  Fomos ver ondem vendem partes de carros usados/ roubados; utensílios; antiguidades; biju ( mas nem deu para comprar nada.. parecida fantasia, super brilhante), têxtil..

 

Curioso que as pessoas, vendedores, donos dos boxes não sentam em cadeiras, não usam mesas. Tudo é muito básico. Sentam no chão, ou em colchões. 

 

Tinha bazar de animais tipo pet, também alimentos, condimentos, mas preferirmos não ir.

 

Em algumas ruas parecia que estava na 25 de março. Acho que ela foi inspirada na Índia.

Encontramos uma loja de chocolates de vários tipos e sabores. Compramos lindt e outras marcas para a Páscoa que seria no dia seguinte.

 

Fomos para a van e de lá passamos rapidamente para  ver mais dois pontos turísticos: o Indian gate e a estação de trem chamada Vitória. Os dois construídos pelos ingleses.

......e foi assim que terminamos nosso tour.

 

O restante da tarde almoçamos e relaxamos no hotel.

 

Para jantar escolhemos um restaurante chamado Índigo... ok, nada muito especial.

 

E assim terminamos nosso sábado à noite em Mumbai.

 

24°Dia

 

27/03 - Páscoa diferente na Índia

 

Domingo de Páscoa este ano seria bem diferente.. mas nem tanto. A família central da minha vida estava comigo, assim por que não manter a tradição?

 

Tomamos café da manhã e fomos esconder os chocolates no quarto de hotel. Delicia!!! Uma bagunça!!!

Às 13:00h nossa van veio nos pegar para nos levar ao nosso almoço / brunch de Páscoa :

 

Brunch splurge no 7 Kitchens

 

Splurge em inglês significa extravagância, ou seja, chutar o pau da barraca. .. e assim foi nosso almoço/brunch no St. Regis hotel restaurante 7 kitchens.  Pesquisamos e vimos que era o mais completo buffet brunch da cidade. Fantástico! super recomendo, tinha até música ao vivo!

Assim, comemoramos nossa primeira Páscoa longe do Brasil e das pessoas que amamos e das nossas cachorras. Um pouco triste, mas sobrevivemos juntos e mais unidos que nunca! Gostamos muito e nos divertimos bastante!

 

Pedimos um late check-out para o nosso hotel Oberoi e os fofos deixaram a gente ficar até às 21:00. Dá para acreditar?

Adoramos o Oberoi Mumbai! a suíte super ampla e confortável.. deram até toalhinhas bordadas com os nomes das crianças e um jogo de tabuleiro. Simpáticos, né?

 

Nosso vôo para Kuala Lumpur sairia às 2:00h da matina. O Aeroporto de Mumbai é simplesmente lindo. Nunca vi nada igual. Super design, moderno. Fiquei impressionada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

...E assim fechamos mais uma aventura.

 

 

 

                                                 Índia sob meus olhos:

 

Passar 24 dias na Índia foi intenso.

A Índia nos leva de volta ao nosso primitivo. Os valores são outros e o abismo cultural, econômico, religioso, são gigantescos.

 

As pessoas na Índia  acreditam que um rio veio do céu e por isso tem poder sobrenatural de oferecer vida eterna. Neste mesmo rio cremam seus mortos, jogam seus restos, tomam da água, lavam suas roupas e se banham....mas também jogam o lixo.

Seus deuses contam mais de centenas de milhares de deuses ... quem sabe?

Rezam e cultuam uma linga ( forma de pênis) que simboliza a criação : fertilidade. Fazem templos e rezam para a  linga.

 

Comem com a mão, sentam no chão, saniamento básico é luxo para poucos. Lavam suas roupas nas ruas, as mulheres não mostram as pernas nem os ombros , mas mostram a barriga. Amam os animais, cultuam a vaca e acreditam que alimentando todos os animais que encontrarem receberão fartura e prosperidade. Matar para comer vaca é crime e dá cadeia, sinais de trânsitos são inexistentes, usam a buzina como usam o acelerador e onde sem pimenta significa apimentado.

 

A Índia tem uma super população que quase em sua totalidade ( salvo exceções) vive como vivíamos há séculos e séculos atrás...como se nada tivesse mudado... mas muitos com celulares e alguns milhões sem.. e sem nada para comer. As

ruas são lotadas  de homens.. e o mistério fica... onde estarão as mulheres? Mesmo assim a Índia não é violenta e a criminalidade é baixa.

 

Na Índia há a indústria da miséria, da mendigança e da mutilação...Índia do avanço tecnológico, da medicina...Índia do contraste da opulência e robustez do passado reverenciado nos monumentos, fortes, palácios e  templos com a atualidade do caos, da sujeira e da fétida realidade da sua população.  Índia, da pluralidade, dos sentidos... um lugar marcante, diferente que sem dúvida não será esquecido, mas precisarei de tempo para digerir e identificar meus sentimentos.

 

                                             Índia Top 07

 

01. Nascer do sol no Ganges

 

02. Experiência no deserto de Thar : camelo e jantar no Danvar camping

 

03. Forte de Gwalior

 

04. Taj Mahal - Por do sol do outro lado do rio

 

05. Por do sol no roof top bar do hotel Raas em jodhpur

 

06. Safari de tigre em Rhatambhore - no Sher bagh lodge.

 

07. Andar de tuk tuk em Jodhpur a cidade azul

 

 

                                                            Micos da Viagem:

 

01 . Jantar em Delhi no Kingdom of Dreams e assistir teatro no idioma Hindi.

 

02. Andar de bike no meio da cidade de Udaipur 

 

03. Pedintes nos templos e nas ruas

 

04. O passar mal da minha pequena ( 4 dias indisposta por causa da comida)

 

05. Comportamento dos homens na mesquita em Delhi ( olhando e seguindo de forma agressiva)

 

06. A comida forte e apimentada

 

07. cheiros e falta de higiene nas ruas

 

08. falta de uniformidade no padrão da nossa agência  e os guias que não foram tão bons.

 

 

 

 

Old Delhi
fachada do teatro
Dentro do teatro, praça de alimentação. Pintura imitando céu.
corpo pronto para cremação
área de cremação
Cerimônia Aarti
Índia em festa : celebração do casamento de Shiva
Ruas de Varanasi
Stupa Dhamekh
cenas eróticas nas paredes externas dos templos
estação
forte de Agra
Baby Taj

Ficamos lá passeando e tirando fotos.

 

MOSCA DE PADARIA: SOCORROO!!

Numa última parte do complexo, tem uma mesquita e aí foi bem chato. Quase não  conseguíamos ver nada, pois os vendedores ambulantes( por ser mesquita todos podem entrar) pareciam mosca no pudim... e a gente era o pudim!! muito chato.

Paramos num hotel de estrada que tava cheio de gringos e tinha buffet de almoço. A comida foi razoável e mandamos ver no pão indiano Naam ( este é um salvador, mas deve engordar pra burro..)

 

Trem para Sheer Bagh

 

Seguimos para a  estação  de trem e ficamos na plataforma por meia hora. Lá se podia ouvir outras nacionalidades.. todos indo para a mesma aventura na selva que nós - gringos excêntricos que vão fazer safari na Índia - gente louca né ?

A espera foi mesclada de moscas, vespas amarelinhas e pedinte deformado se arrastando no chão.

 

Dentro do trem, nova aventura: usar o toillet - as meninas precisaram usar e aí descobrimos que tudo que entra na privada sai pelo buraco no trilho do trem... olha que moderno!

A viagem durou duas horas e pouco e ambulantes passavam o tempo todo vendendo salgadinhos, guloseimas e bebidas. Não arriscamos.

 

Diferente do Brasil, as malas aqui são carregadas por carregadores em troca de uns trocados - nada fixo, e nossa agência se encarregou disso.

 

Outro ponto distinto da nossa terrinha é que meu filho abriu o computador e seu head phone super mega blast no trem com tranquilidade. Não posso imaginar ele fazer a mesma coisa no trem de Osasco ou Carapicuiba e sair ileso. Diferença grande entre Asia e América Latina : a  pobreza poder ser grande, mas a A. Latina é bem mais violenta e implacável.

 

 

Sher Bagh - Charme expedicionário no coração da Índia.

 

Da estação, nossa agência local nos levou para o Lodge Shee Bagh o trajeto durou 30 minutos.

Já haviamos feito safari na Africa do Sul e gostamos muito, estávamos animados para esta próxima aventura.

 

O Lodge que escolhemos faz parte do relais chateaux - uma super experiência na mata!

 

Havia um prédio principal o restante era tudo tendas.

 

Parecia que eu estava num filme expedicionário dos anos 40. Um charme! chegamos a noite e tudo era iluminado por velas... caminhos..Nossa tenda e das crianças ficaram lado a lado. Tinha amenidades, um certo luxo, mas sem perder a atmosfera rústica de safari.

 

A estrutura do lodge era relativamente pequena : apenas 12 tendas, o que favoreceu para o serviço ser muito bom e pessoal. Tínhamos piscina, área de refeição e recepção com biblioteca e sala de estar.  Tudo bem bonito, limpo e charmoso.

 

Às 10:00 voltamos estupefatos para nosso hotel e tomamos café, contando nossa façanha de primeiro game na Índia com total sucesso... rsrs

 

Descansamos, ainda sem internet, almoçamos e voltamos para a selva com nosso 4x4 e nosso driver e rastreador.

 

O hotel programa dois games ( safaris ) por dia para os hóspedes um às 6:15 e outro às 14:30  e ambos tem a duração de 3h aproximadamente. A lavagem de roupa é cortesia, um plus a mais para nós que viajamos né?

 

O safari da tarde foi mais tranquilo, vimos animais menores, um tigre à distância, mas uma natureza exuberante. Amamos!

 

Jantar Surreal : à la Agatha Christie

 

O jantar  foi mais que especial. Estavam presentes : o dono do lodge - um homen muito poderoso, com família riquissima, pose e vestimenta próprios  de Maharaja, seus diretores e um lorde inglês e sua familia ( esposa e neta) , além  de nós 5 e um casal também hóspede do lodge. Jantamos ao redor do fogo em círculo, sem mesa formal assim todos nós trocamos idéias e experiências.

O dono todo poderoso, chamado Jaisal, contou que costumava jogar polo em São Paulo e nos convidou para visitarmos seu hotel palácio em Jaipur. Cozinhou um frango picado delicioso, o qual a receita se gabou pertencer a um dos imperadores mughal. Não sei se era verdade, mas estava bem gostoso!

 

Outro ponto curioso da noite: nosso anfitrião ficava ao centro da fogueira falando com todos, o diretor de experiência selvagem parecia o personagem detetive  Poirrot da Agatha Christie - bigodinho e voz grave.

 

Depois do jantar, dois criados ( vou chamar assim, pois era exatamente a relação) trouxeram um bule grande com água quente, toalhas e sabonete e passaram para que cada um lavasse as mãos no local... surreal

Esta noite pude presenciar a  relação de subserviência. É bem impressionante, parece que estávamos no séc passado, ou mais além.

 

Toda esta noite, cenário, personagens e relações ( "rei",  lorde, "poirrot" , criados e nós de paraquedas) parecia um filme.. e minha filha "caçula" ficou animada com a cena e personagens de livro.. ela adora Agatha Chirstie como a mãe, e antes de dormir nos contou uma história inventada inspirada na autora, colocando cada um presente naquela noite como personagem ...srs ...só rindo e concordando... e assim findou nossa noite.

 

Abrindo um parentese:

 

Para quem gosta de comida indiana o lodge é um prato cheio. Eles servem um menu fixo leve no almoço e a noite menu fixo ou buffet dependendo da noite, mas é tudo bem indiano. Para quem não gosta... bom, aí precisa pedir antes para o metre, mas provavelmente colocarão você separado do resto do grupo, como aconteceu conosco na noite seguinte.

 

Mas, em todo caso  é bom  avisar sua agência no ato da reserva para ver adequação, né?

 

Outro ponto importantissimo: com todo luxo e requinte do lugar, abrimos a retaguarda e comemos salada, tomamos bebida com gelo... e pronto: problema!!!!

 

13°Dia

 

16/03-  Dodói na Índia

 

O safari começaria  às  6:15, mas às  4:00 fui acordada pela minha filha. A irmã estava com enjôo.. e foi assim o dia todo.

Como o hotel é muito lindo e fomos recebidos com a conversa que tudo é plantado e cultivado pelo hotel, com qualidade e cuidado...abrimos a guarda e principalmente minha pequena que adora vegetais, abusou na noite anterior do pepino fresco.

Só podia ter sido isso! o penino do jantar.

E aí começou o sofrimento tadinha, com náuseas, vômito, dor de cabeça e dores no corpo.

Meu marido e meus dois filhos foram para os safaris e eu e minha pequena ficamos. A internet nas tendas era praticamente inexistente e por sorte tínhamos um filme no i pad - sobre um chef de cozinha- tópico não muito propício, mas era o que tínhamos. A tarde foi passando e minha pequena permaneceu com dores no corpo e de cabeça, a náusea estava melhor. No almoço ela tinha conseguido comer 3 torradas e foi só.

No almoço e jantar pedi comida mais western para todos : pene, legumes grelhados e frango... mas a pequena declinou. O importante era tomar muita água, uma vez que estavamos no deserto,praticamente, e era muito seco.

Fiquei com um pouco de raiva do hotel.. porque investir nessa coisa de orgânicos  e frescos? e a água? como lavam os vegetais? pois é.. aí a gente cai na conversa e se enrasca!

Uma coisa aprendemos na Índia : não importa onde você esteja, não coma nada cru, água só mineral lacrada, gelo jamais e alterne comida western e indiana, sempre !!!

 

Nossa história no Sher Bagh lodge poderia ter sido melhor, não apenas minha filha ficou doente, outras duas pessoas também. Então acho que eles precisam revisar o cardápio e as práticas com seus vegetais...

 

14° Dia

 

17/03 - rumo  à cidade Pink da Índia

 

Às 9:30 rumamos para Jaipur. Desisitimos de ir conhecer o forte em Ranthambhore, como era a idéia inicial. Minha filha estava melhor, mas não totalmente recuperada. Três horas e meia de viagem depois, chegamos a Jaipur.

 

Samode Haveli em Jaipur

Em Jaipur escolhemos o hotel Samode Haveli - muito bonito e charmoso, além de bem localizado no centro antigo. É o hotel favorido da Audley, nossa agência. Nossos quartos eram bem amplos e bonitos e tinhamos um pátio lindo, só para nós. Mas o wifi... muito ruim!

 

roof top bar do hotel Raas
hotel  Raas
torre do relogio e entrada do bazar
indian gate

Índia

Uma aventura sabática em família
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