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Cambodia/Indochina

Nossa Viagem à Indochina foi divida em 3 partes: 7 dias em Laos, 7 dias em Cambodia e 10 dias no Vietnã.

PARTE 2  - Nossa Aventura no Cambodia - 7 dias

Essa aventura começou dia 04 de fevereiro no Laos. Agora seguirá  no Cambodia.

Meu olhar sobre o Cambodia: País sofrido de  história triste. Povo gentil redescobrindo a viver sem guerra  apenas 16 anos..... abismo cultural e gastronomia exótica.

7° Dia

 

10/02

 

Chegamos em Siem Reap e nosso guia já começou no trajeto para o hotel a nos explicar:

 

600 templos em Siem Reap

Angkor wat - maior templo indu no mundo.

Nos tempos antigos Cambodia tinha o dominio de Laos, Tailandia e parte do Vietnan. Hoje ele tem 1/10 do que tinha sécs. atrás. O país faz fronteira com Laos e Vietnam.

Sobre a moeda:

chama-se riel.

1.000,00 é igual a 1 riel, porém  a cidade é dolarizada o que dá um pouco de confusão.... e aí por diante....

 

O trajeto de van com guia foi relativamente curto, mas ele falava muito e com um inglês intelegível, que conseguíamos entender!!!

 

O hotel que escolhemos foi bem legal chamado Shinta Mani. Fomos recepcionados pelo gerente geral : um holandês, bem atencioso. Percebemos de imediato a gentileza das pessoas no Cambodia e em nosso hotel eles levam a gentileza em estágios avançadissimos! impressionante: na hora que chegamos da rua sempre recebemos toalhinhas perfumadas e úmidas para nos resfrescar, e eles falam : "bem vindo em casa!!

Teve uma noite que colocaram repelente na gente, pois viram que estavamos saindo sem! Todos são extremamente preocupados, alegres, sorridentes e muito gentis. Esta com certeza para mim não é apenas uma marca do nosso hotel Shinta Mani, mas de todo o Cambodia!

 

Já a primeira impressão sobre a cidade não foi assim tão boa, confesso.

 

Tivemos duas horas para dar uma andadinha próximo do hotel. Sinceramente, saímos de uma cidadezinha simpática e pequenininha como Luang Prabang em Laos, então a cidade de Siem reap ( como cidade ) não impressionou. Bangunçada, caótica... lotada de moto, com terra, tuk tuk... turistas!!!!! mas é uma questão pessoal. Achei um pouco trash, mas esta é minha opinião. Conheço várias pessoas que adoraram a cidade.

 

Às 19:00 fomos ao Apsara theatre - para uma apresentação de dança e cultura khmer que também oferecia um jantar degustação. O jantar não impressionou, mas o lugar sim! algumas danças são bem parecidas com as que assistimos na Thailandia. A música para nós ocidentais pode ser considerada uma doidera insurdescedora... rsrs.

Uma questao cultural. Mas entendemos: não gostamos muito nem da dança apsara nem da música... rsrsrs

8° Dia

11/02 - o amanhecer foi especial..

 

Nosso guia nos levou às 5:00 para vermos o nascer do sol no Angkor Wat - considerado uma das 7 maravilhas do mundo antigo. O lugar não decepcionou. Lotado de turistas querendo ver o nascer do sol, como nós, a lagoa principal abrigou centenas de pessoas aguardando o espetáculo do sol no templo principal refletido na água. O esforço valeu a pena!

Chegar lá no escurão e ver as ruinas clareadas pelo alvorecer foi bem legal!!!! aconselho e recomendo! experiência super legal!!!

 

Depois é relaxar e se apertar... muitos turistas de todos os lugares e um calor do cão!!!

Uma coisa legal que nosso guia fez e que recomendo foi nos levar para outra parte dos templos ali passando por um vilarejo local que leva o próprio nome : vilarejo angkor wat. Valeu a experiência de ver as criancas, as casas estilo khmer que até hoje são usadas, a escola do vilarejo e as mulheres na escavação de mais peças e relíquias perdidas... muito legal!!

chegando no outro complexo de templos encontra-se  Angkor thom: linda entrada, lindo complexo.. mas infelizmente lotada de turistas,  o que perde bastante o charme do lugar.

Para terminar nossa via sacra por templos na cidade, fomos ao famoso  filmado pela Angelina Jolie em Tomb raider: templo Ta Prohm. Lotado, mas muito show.

Fim de tarde fui no spa do hotel - porque ninguém é de ferro. As criancas estavam bem cansadas e as explicações do guia foram maçantes para eles, então foi bom descansarem no quarto a tarde. Cada um buscou seu espaço. Fim de tarde fechamos com uma ida, eu e maridão, para a Pub street com tuk tuk. Esta é uma rua cheia de barzinhos. Ao meu ver um pouco decadente, mas deu para tomar uma cervejinha. Fomos abordados por muitos pedintes multilados.. o que obviamente não foi agradável, mas faz parte.

 

9 Dia

 

12/02  -

Nosso dia foi dedicado a desbravar outras ruinas de templo, porém um pouco mais longe, sem a quantidade indesejada de turistas. Seguimos 130km pela estrada em sentido à Thailandia. Nossa primeira parada foi na cidade Koh Ker construída no séc.X. Por 16 anos ela foi a capital do Cambodia antes de mudar para Angkor wat. Hoje esta cidade milenar foi transformada num  parque nacional onde  existem mais de 200 templos, dos quais apenas 96 foram descobertos. Todo o complexo é datado de 200 anos antes do famoso Angkor Wat ser construído. Muitos ainda estão interrados. Todos os templos nesta região são dedicados a Shiva - deusa da destruição e recriação. Paramos no templo Prasat Pram

São cinco torres incrustradas em raízes de árvores.. lindas! Dentro não havia nada apenas destrocos e pedras. Símbolos fálicos masculinos ( chamados de línga ) e femininos indicando recomeço e procriação, são muito cultuados nestes templos desta região chamada koh ker.

 

O segundo templo Prasat Linga manteve o símbolo dentro dele. Veja na foto :

A base representa o orgão feminino e a parte masculina é

reperesentada como um símbolo de uma montanha. O povo khmer

acreditava que colocando água na ponta do símbolo ela se espalhava

pela base e era recolhida numa calha que sai ao lado do templo,

para as pessoas beberem - aí teriam sorte e prosperidade .

Terceiro templo, o maior de todos na região:

Prasat Thom - destruído em sua grande parte pelas árvores principalmente.  Muito lindo!!! Dedicado a Shiva, também trazia espaço especial para o fogo, água  e os demais elementos. Nele tambem havia um lugar especial para a vaca sagrada e cemitério. O fator surpresa neste templo é uma construção em formato de pirâmide ao fundo! parecia Maia ou Inca, mas foi construída pelo povo khmer no séc. X em homenagem ao poder de Shiva...Impressionante!!! vale a viagem!

Retornando para Siem Reap paramos em Beng Mealea- um complexo de templos do tamanho de Angkor Wat ( ambos foram construidos pelo mesmo rei Layavaram Vll no mesmo período - séc XII)

Estes templos foram engolidos por árvores... muito interessante...porém já encontramos mais turistas.  Em Beng Mealea nada foi reconstruido, nada foi restaurado. A força da natureza sobre o templo foi implacável por meio das raízes das arvores.  Vale a viagem!!!

A tarde voltamos para o hotel e relaxamos. Decidi tentar uma nova experiência. Nunca havia feito as unhas fora do Brasil e decidi que seria hora de tentar. Levei todo meu material, inclusive esmalte e uma mocinha muito gentil uma quadra e meia do nosso hotel Shinta Mani fez minha mão e meu pé. Tirou a cutícula superficial, lixou, pintou. Foi bem legal. Valeu a experiência!!!

A noite fomos num restaurante que tinha menu degustação fixo e agradou! recomendo : Embassy - não é barato não, mas muito agradável!

 

 

10 Dia - vivenciando o interior do Cambodia com família local

 

13/02 - nosso último dia em Siem Reap eu classificaria como complexo.

 

Fomos a um mercado 12 km de Siem Reap em um vilarejo próximo. Compramos comida com ajuda de nosso guia - foi difícil ver as condições de higiene ou a falta dela nestas feiras, onde vendem fresh food - isso não apenas no Cambodia, mas Thailandia e Laos também. Além de comida, compramos material escolar - cadernos, canetas e lápis.

 

Em seguida, pegamos carro de boi como meio de transporte para desbravar a vila. Não foi fácil ver os bois puxando a gente, estar naquela carroça que era bem dura e que balançava muito, o sol escaldante... mas o sentimento mais forte foi a dualidade de ver as crianças vindo ao nosso encontro e a alegria quando davamos material escolar para elas....ver a pobreza e como vivem de forma precária. Foi um choque de realidade nua e crua, num país que sobreviveu a anos de ditadura, guerra civil, depois tortura e genocídio e que só 16 anos esta vivendo e experimentando a paz.

 

O que nos confortou foi ver que as criancas em sua maioria estavam voltando ou indo para escola, ou seja, há uma luz no fim do tunel para as crianças khmer por meio da educação.

 

Hoje a base da economia da populacao khmer é dividida em 3 : têxtil, turismo e agricultura.

Sendo assim, buscar apoio na educação pode trazer diferencial a estas criancas e um futuro melhor.

 

Depois de percorrermos o vilarejo por quase duas horas, chegamos a casa da família que gentilmente abriu sua casa para nós e cozinhou nosso almoco. Choque econômico e cultural. A cozinha e as  disposições da casa permanecem quase como antes, não havia quase mobília na casa, nem fogão e o banheiro era o chamado de banheiro asiático ( uma bacia de louca no chão). So esclarecendo que 90% dos banheiros que fomos eram assim, também na Thailandia, porém  alguns oferecem uma opção de western toillets - os quais estamos acostumados. Para nós mulheres que não encostamos em nada em banheiros poucos confiáveis - quase nada muda, so a posição é diferente e se deve fazer lentamente para evitar respingos.

... Mas voltando ao almoço.... as crianças comeram muito bem, repetiram... meu marido também. Eu infelizmente percebo que tenho mais dificuldade e fiquei somente nas verduras e na mexirica... rss.

 

Um pequeno parênteses:

Acho uma pena e uma vergonha que uma brasileira como eu tenha que ir para o Cambodia para ver esta realidade social. O turismo no Brasil deveria incentivar as pessoas a conhecerem nossa realidade, mesclando com as belezas que temos. O turismo social que estamos fazendo, esta vivência tem tudo para dar certo no Brasil!!!!

 

Depois de nos despedirmos da família -levamos chocolate para a dona da casa e material escolar para a filha de 9 anos- agradecemos e ingressamos para a próxima aventura do dia: um vilarejo pescador extremamente pobre cerca de 55 km de Siem Reap chamado kampong khlaing - que é uma floating village, ou seja uma vila flutuante.

O vilarejo é constituído de cidade seca onde as pessoas vivem em palafitas para se protegerem das águas no  período de cheia e 50 minutos dali tem um vilarejo literalmente flutuante no meio da lagoa, constituído basicamente por pescadores.

Dependendo do tamanho eles vendem ou secam os peixes e os defumam embaixo de suas casas ( nas palafitas)  sem se preocuparem com o cheiro forte...

 

Nesta vila flutuante até escola tem. Na cheia eles levam suas casas para a cidade seca e ancora a casa lá.

A sensação chegando na cidade seca é de era pós apocalíptica.. o que restou da humanidade, devido a aridez, as tábuas... além da pobreza do lugar. Nunca vi nada parecido. 

Em cada canto hoje, vimos em várias comunidades, a forma de vida precária que vivem, porém o que mais marcou foi o sorriso nos lábios das crianças e adultos por aqui... impressionante como esta sociedade tão sofredora é gentil, simpática e fica feliz com a nossa presença! as criancas gritam "hello" " bye, bye"... lindo e triste de se ver.. como no mundo pode ter tanta diferença ? tanta desigualdade? por isso para mim este 10° dia na indochina foi marcado por sentimentos complexos...e contraditórios. Agradeço pelo dia!

 

Voltamos para o hotel e a noite fomos jantar num francês simpático chamado Le Malraux - preço ótimo e comida boa. Saindo de lá fomos ao mercado noturno ... muito legal! especiarias malucas.. muita gente fazendo massagem.. vale a pena ir !! e depois voltamos pela pub street. Sempre animada!

11° Dia

 

14/02 - experiência invasiva no home stay em Daem Po village

 

Café da manhã foi bem cedo e partimos para o aeroporto onde nos despedimos do nosso guia Ra ta e do nosso super driver. De todos até agora esta dupla foi a mais especial. Como falei, as pessoas do Cambodia são de outro mundo... maravilhosas!!!!

O avião para a capital Phnom Pehn durou pouco mais de uma hora e qdo nem percebemos estavamos nós em Phnom Pehn. Encontramos nossa guia : Lan, mulher desta vez. Ela nos recomendou comprarmos  um lanchinho, pois as comidas eram super locais onde iríamos... ( medooo). Nossas malas ficaram na van e do aeroporto nossa agenda foi cheia:

 

1 Parada: templos Tonle Bati, muito lindo! não parecia real.. as flores ao redor davam um toque a mais.

2 Parada : Prasat Ta Prohm - na frente do tonle bati reune o antigo templo datado de sec. XI e um novo templo budista datado do inicio do sec. XX. Nada tão especial... tava bem sujo e decadente...nem tirei foto.

 

No caminho fizemos um pit stop para provar as especiarias locais: sapo no espeto e snack de sapinho... eu não me aventurei. Me reservei as fotos apenas! .. rsrs as crianças  e marido gostaram e até repetiram.

3 Parada : Phnom Chisor - templo em cima de uma montanha. Tava muito calor... quase derretemos... não foi tão especial assim, nem tirei foto de novo... rsrs

Depois desta parada fomos para nosso destino final rumo a Daem Po Village, onde ficaríamos até a tarde seguinte.

Paramos no caminho para comprar mais material escolar para darmos na escola que visitariamos  e cockies para a família que faríamos  o home stay.

Os arredores do vilarejo era simplesmente lindo! um paraiso tropical cheio de coqueiros e o por do sol não economizou. Foi lindo ! Utilizamos novamente o carro de boi, só que desta vez a estradinha era bem melhor, o que fez do passeio mais prazeroso que no dia anterior.

Conhecemos a casa e a familia. Foi a primeira vez que fizemos homestay e percebemos que o choque de cultura é gigante. As casas no Cambodia são dividas da seguinte forma: área de estar e jantar - ficam embaixo da casa sem paredes. Normalmente tem rede, um tablado e às vezes mesa e cadeiras ( tivemos sorte, na nossa tinha) o banheiro fica fora da casa e possui um buraco no chão com louça específica e um tanque de água com caneca para o banho. Esta água é captada da chuva. Os dentes vc escova na natureza, eles não tem pia. Nós escovamos com água mineral.

A casa propriamente dita é formada de um salão que pode ou não ter divisão - que seria o quarto para nós-  veja foto:

O jantar foi bem difícil, para não falar horrível. Diferente do dia anteior qdo almocamos com outra família do Cambodia. Desta vez todos tiveram dificuldade em comer, embora as criancas principalmente, se esforçaram muito. Dormir também foi bem complicado, pelos barulhos de morcego, cama sem colchão... Nós 5 dormimos no quarto grande em duas camas e o chão sobrou para meu filho. A guia dormiu numa separação que havia neste quarto. Na hora de dormir os dois homens da casa estavam assistindo tv neste salão e não podiamos dormir - aí percebemos quão invasivo foi  esse negócio de homestay...a família dormiu embaixo da casa no relento, não  sabíamos que realmente eles sederiam a casa deles para nós... e que a estrutura seria tão precária. Foi uma experiência válida, mas que não precisa ser repetida. Vimos as diferenças e conversando percebemos que é uma questão de opção como as pessoas vivem no campo do Cambodia. Eles escolhem as influências que querem ter do "western " - por exemplo, muitos tem bicicletas, motos, tvs.. mas não tem caixa dágua, chuveiro, descarga, geladeira...porque não sentem que são itens necessários. Descobrimos que eles não tem, por exemplo, geladeira porque preferem comprar tudo "fresco" na feira livre, todo dia, até duas vezes por dia... o que parece nada fresco e sem higiêne para mim na feira, para eles são alimentos frescos... então?  quem está certo? os dois, pois na verdade é mais  uma questão de escolha, tradição e diferenças.

Valeu a pena o homestay para entendermos que as pessoas vivem de um jeito diferente, muitas vezes, não por falta de escolha.. ao contrário : por gostarem e por querem viver do jeito que sempre viveram. Esta comunidade vive em contato com europeus devido ao projeto de plantio de arroz há muitos anos e permanecem com suas tradições.

 

12 Dia

 

15/02

 

Depois de dormir pouco no Homestay, levantamos cedo. O café da manhã era constituído de mingal de arroz, porco, omelete bem gorduroso, abacaxi e uns biscoitinhos que pareciam aqueles da sorte chinês - tipo biju. Nós ficamos no abacaxi e no biju ... rsrs... depois fomos a escola local, entregamos materiais escolares nas classes e seguimos para uma outra realidade em Phnom Penh.

 

Nossos filhos reagiram, como sempre, com total entendimento e respeito às diferenças, sem julgar ou criticar a forma de vida desta comunidade e para minha surpresa sem questionar a nós mesmos pais que escolhemos viver esta experiência tão extrema como foi passar a noite neste homestay. Cada dia que passa aprendo mais com o despojamento destas criaturas maravilhosas que tenho o prazer em chamar de filhos!!

Percorremos 1h30 na estrada de asfalto/ terra   rumo a capital Phom Penh, onde optamos em ficar num hotel bem legal chamado White Mansion - com conforto e privacidade.... precisavamos ne?

A noite saímos para ver o por do sol no Mekong.. o calçadão era bem legal.. parecia Santos...sentamos na sacada do tradicional FCC - um restaurante western ( assim que eles chamam os não asiáticos) muito frequentado por jornalistas depois de 1979 - qdo a imprensa internacional voltou a frequentar o país depois da saída do ditador e genocida Pol Pot

13 Dia

 

16/02- the dark times.

Acordamos, tomamos nosso café da manhã e fomos direto ao killing fields- conversamos muito com nossa guia sobre o genocídio realizado no país  entre 1975 e 1979 pelo ditador Pol Pot e seu Khmer rouge ( grupo armado formado em sua maioria por jovens e crianças) qdo mais de 1/3 da população do Cambodia, mais de 2 milhões de pessoas( principalmente com instrução) foram mortas por fome, tortura, trabalhos forçados ou simplesmente assassinadas - esta manhã seria o momento de ver exatamente como isso aconteceu, onde e por quem.

O genocídio em campos de arroz e de prisioneiros foram basicamente espalhados em 400 campos e esta manhã visitamos um deles. É realmente impressionante como o lugar parecia tão cheio de paz... e difícil imaginar como foi possível tanto massacre e tanta dor num lugar tão bonito. Chegando lá, nossa guia explicou cada ponto e nos deixou caminhar sozinhos. Encontramos um memorial onde colocaram roupas, ossos e cranios encontrados nos campos - valas coletivas a ceu aberto que os khmer rouge colocavam os corpos sem sequer interrá-los. Impressionante!!

Nosso percurso durou mais ou menos 1hora. e pudemos ver que ossos e roupas  ainda estão saindo do solo, pois cada vez que chove mais coisas vão aparecendo...

Depois, rumamos para a cidade onde fomos para o museu do genocídio... esse, bem pior que o campo, acabou me abatendo muito. Não pude conter as lágrimas. Nunca vi nada tão terrível, cruel e malígno na minha vida.

Este lugar era uma escola e o khmer rouge transformou-a numa prisão. Havia muitas iguais a esta, mas esta era a principal pois lá estavam vários documentos e fotos documentando as atrocidades cometidas no local. Chamado de S21, nesta prisão eram trazidas as pessoas instruídas antes de irem para os killings fields. Neste lugar horroso o turista pode ver foto, as celas..... chão com sangue as camas de tortura.. é impressionante!!! e no final do tour  dois sobreviventes ( apenas 7 pessoas sobreviveram ao local) estão lá  e e o turista  pode falar e/ou tirar foto com eles... eu não aguentei... precisei ir para o hotel. As criancas seguraram a onda legal, mas eu desabei. O impressionante foi saber que tudo isso aconteceu há 30 anos.. e apenas 5 pessoas foram julgadas e Pol Pot fugiu e nunca foi julgado e  que muitos do khmer rouge ainda estão no poder. É impressionante saber tambem que a maioria dos torturadores e assassinos do khmer rouge eram criancas armadas e treinadas entre 9 e 17 anos.

Depois da visita ao museu fomos dar uma descansada no hotel ... precisavamos nos recompor, tomar um banho, recarregar as energias. Ainda bem que escolhemos fazer o campo antes do museu (S21) senão nem iria... sem condições. Recomendo esta ordem.

Final da tarde saímos com nossa guia Lan em dois tuk tuks. O etinerario era desbravar a cidade numa aventura gastronomica local... e aí sim vimos e comprovamos o abismo gigante que existe entre nossa cultura e a khmer. Ai a coisa ficou bizarra!

Primeira parada numa esquina cheia de locais. O que achavamos chamativo e atrativo para turista mostrou-se extramente comum e popular nas ruas de Phnom Penh: tarântula, grilo, barata de água.. e impressionante... filhotinho prematuro de passarinho. São uma das comidas, ou melhor, snacks preferidos por muitos khmers aqui.

Nem passou pela minha cabeca experiementar nenhuma destas coisas, mas as crianças e marido se aventuraram na tarantola, mas so as patas....

Foi impressionante ver nossa guia comer varias coisas e achar comum, e estranhar tanto eu não querer experiementar.

 

Depois fomos para o Russian Market - um mercado cheio de street food. Descobrimos que os gostos bizarros dos khmers vão além de limites bem extremos em nossa cultura: ovos com fetos de passarinhos são abertos e digeridos - detalhes como "os ossinhos são macios, não são duros" nos foram passados...!!! andando pelo mercado tivemos oportunidade de ver o absurdo : tartarugas abertas, praticamente dissecadas com o coraçãozinho batendo... simplesmente desumano e terrível...realmente o Cambodia foi uma lição de diferenças de valores, cultura gritantes.

Depois de encarar tudo isso fomos a um restaurante local. Não estavamos com muita fome, obviamente, e tentamos fazer pedidos normais como salmão, frango, vegetais. Não foi uma delícia, mas conseguimos. No Cambodia há diversos restaurantes bons, cozinha fusion que mistura ocidental e oriental, mas como a idéia era experienciar a cozinha local tradicional mesmo... passamos um pouco apertado, mas fez parte!

 

14 Dia

 

17/02- Bye bye Cambodia .....

 

Acordamos tarde, sem pressa.Às 11:00 nos encontramos com nossa guia Lan. Dia cheio antes de irmos para o aeroporto. Primeira parada: wat phnom penh - um templo no meio da cidade. Segunda parada :  national museum. No almoço escolhemos o restaurante

Friends  - uma ONG profissionalizante - almoço bem diferente! e última parada foi :  Royal Palace.

 

Cambodia TOP 3
nosso hotel Shinta Mani
teatro apsara - fachada
teatro apsara
dança apsara
vila Angkor
crianças que encontramos
no caminho
Koh Ker - templo dedicado a Shiva
em cima da pirâmide.
Amiguinhas no templo
Nosso caminho, quem encontramos
nele.. nosso almoço
comidas exoticas no
night market :escorpião,
cobra, barata...rssss
linda vista da sala de jantar
sala de jantar, cozinha e sala de estar
nosso quarto
nossa anfitriã
nosso homestay - casa e a familia
a privada oriental
visita a escola de Daem
Po Village - entrega de
materiais para as crianças.
fachada do S 21. Eu tava tão mal que não consegui tirar foto dentro. Nunca vi nada tão perverso e malígno. Uma desgraça para a humanidade. Dos 12 mil que foram mortos no local só 7 sobreviveram e 2 deles  estavam lá. No final da visita pode-se falar com eles. Dois velhinhos muito simpáticos.
wat Phenom Penh
Museu nacional
ruas de Phnom Penh
Palácio Real

1° Lugar - Templos em koh Ker e Beng Mealea

2° Lugar - Angkor wat e Angkor Thom

3° Lugar - Killing Fields e S21

 

não existe mesa, come-se no chão.
nossa guia Lan comendo ovo com
passarinho bebe dentro

Depois fomos direto para o aeroporto com destino a Hanoi - Vietnam... para acompanhar as aventuras no Vietnam, so abrir a página em abril! Aí teremos Vietnam e India!!! aguardem!!!

Uma aventura sabática em família
Uma aventura sabática em família
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